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New Trends in Qualitative Research

versão On-line ISSN 2184-7770

NTQR vol.12  Oliveira de Azeméis ago. 2022  Epub 25-Ago-2022

https://doi.org/10.36367/ntqr.12.2022.e741 

Artigo Original

A prática pedagógica no curso de Relações Públicas de uma universidade pública

The pedagogical practice in the Public Relations course of a public university

Lenilda Austrilino1 
http://orcid.org/0000-0002-9305-3720

Mércia Medeiros1 
http://orcid.org/0000-0002-1776-3181

Leneide Austrilino Petta1 
http://orcid.org/0000-0002-5505-7800

Josenilda Almeida Cavalcante1 
http://orcid.org/0000-0003-1864-427X

1Universidade Federal de Alagoas, Brasil


Resumo:

A prática pedagógica é um processo que abrange planejamento, execução e avaliação. Nela estão contidos conteúdo, tema, metodologia, recursos didáticos e avaliação, que devem possibilitar o desenvolvimento de habilidades e competências, que favoreçam uma formação adequada a atuação no mercado de trabalho. Visando a qualificação do futuro profissional é importante planejar o processo ensino aprendizagem. Objetivo: Identificar a prática pedagógica e de planejamento utilizadas durante o curso de Relações Públicas de uma universidade pública. Método: Pesquisa qualitativa de abordagem fenomenológica. O campo de estudo compreendeu o curso de graduação de Relações Públicas, numa instituição de ensino superior público. A produção de dados se deu a partir de entrevistas realizadas com docentes, discentes e coordenadora do curso. As respostas dos participantes foram categorizadas, se estabeleceu a relação destas com o Projeto Político Pedagógico do Curso, e com as reflexões advindas da literatura sobre o tema. Os resultados foram analisados a partir da Análise de Conteúdo na Modalidade Temática. Foram identificados, por meio de inferência, os núcleos de sentido que reorganizados resultaram em duas categorias: objetivo do planejamento e práticas pedagógicas. Resultados: Os docentes planejaram suas aulas com o objetivo de interagir com os discentes visando uma prática articulada com a realidade. Os discentes atentos a atuação dos docentes, no que se refere ao processo formativo enquanto futuros profissionais, perceberam que alguns docentes não seguiram o planejamento proposto. A coordenação acompanhou a ação docente, com foco nos conteúdos e na metodologia, previstas nos planos de aula e nas descrições orais dadas pelos docentes. Conclusão: Ao identificar as práticas pedagógica e de planejamento desenvolvidas, se revelou a necessidade de intervenções, para que o processo ensino aprendizagem realizado tenha um acompanhamento mais efetivo.

Palavras-chave: Prática pedagógica; Relações Públicas; Planejamento; Educação; Ensino; Aprendizagem.

Abstract:

Pedagogical practice is a process that encompasses planning, execution, and evaluation. It contains the content, theme, methodology, didactic resources, and assessment, and should enable the development of skills, competences that favor an adequate formation to work in the job market. Aiming at the qualification of the professional future, it is important to plan the teaching-learning process. Objective: To identify the pedagogical and planning practices used during Public Relations course at a public university. Method: qualitative research with a phenomenological approach. The field of study comprised Public Relations undergraduate course at a public higher education institution. Data production was based on interviews with professors, students, and course coordinator. The data obtained from participants responses were categorized and their relationship was established with the Course Political Pedagogical Project, and with reflections arising from literature on the subject. The results were analyzed from the Content Analysis in Thematic Modality. This analysis identified, through inference, the nuclei of meaning that, when reorganized, resulted in two categories: planning objective and pedagogical practices. Results: The teachers planned their classes with the aim of interacting with students, directing a practice articulated with reality. The students attentive to the performance of teachers, regarding training process as future professionals, realize that some teachers did not follow the proposed plan. The coordination followed the teaching action with a focus on content taught and methodology described in lesson plans and on information given informally by teachers. Conclusion: Identifying the pedagogical and planning practices developed showed need for interventions, so that teaching-learning process carried out has a more effective monitoring.

Keywords: Pedagogical practice; Public Relations; Planning; Education; Teaching; Learning.

1.Introdução

A prática pedagógica é um processo que abrange planejamento, execução e avaliação das atividades didáticas desenvolvidas pelos docentes, indo além da sala de aula. No planejamento estão contidos conteúdo, tema, metodologia, recursos didáticos e avaliação, sendo responsabilidade do docente elaborá-lo. Entretanto, o planejado deve ser útil tanto para o docente, quanto para o discente devendo considerar a realidade e as possibilidades de executá-los. Além disso, as experiências pedagógicas vivenciadas em sala de aula devem possibilitar o desenvolvimento de habilidades, competências, aquisição de conhecimento e promover interações visando favorecer ao futuro profissional uma melhor socialização, inclusão e atuação no mercado de trabalho. Na acepção de Brisolla (2020, p. 82) a prática pedagógica “é um processo que expressa reflexão e intervenção docente, sob as bases teórico prática” sendo um trabalho que se inicia com planejamento e organização. Planejar a prática pedagógica evita o improviso e contribui para a qualidade do processo ensino aprendizagem. Identificar as práticas pedagógicas e de planejamento utilizadas durante o curso de Relações Públicas de uma universidade pública foi o objetivo dessa pesquisa, visto que é essencial ter um panorama de como os docentes e gestores planejam, executam e avaliam as práticas pedagógicas.

2.Prática pedagógica e de planejamento no curso de Relações Públicas

No Brasil, o primeiro curso de Relações Públicas (RP) foi realizado em 1953 sob o patrocínio na ONU e em 1954 foi fundada a Associação Brasileira de Relações Públicas - ABRP. Estes acontecimentos estão voltados à fase do grande desenvolvimento industrial no Brasil. “Relações Públicas está diretamente ligada à industrialização” (Peruzzo et al. (2003) uma vez que “o surgimento das RP no Brasil esteve diretamente ligado às mudanças contínuas dos aspectos políticos, sociais e econômicos do país” (Costa 2006, p. 21). Essas relações entre industrialização e relações públicas fazem sentindo, quando, se verifica que o aumento das demandas de produção e consumo fazem surgir à necessidade de um bom relacionamento com o público consumidor, sejam eles, dos mercados internos, externos ou mistos. Com a fundação em São Paulo da ABRP - Associação Brasileira de Relações Públicas, e os primeiros cursos especializados na área levaram a profissão de Relações Públicas a ser regulamentada, e na década de 1960, ela se tornou uma atividade exclusiva para bacharéis em comunicação social com habilitação em Relações Públicas. Segundo Margarida Kunsch (2019) a regulamentação da profissão se deu de forma prematura, pois essa ainda não havia se firmado, nem na teoria nem na prática, ou seja, não era reconhecida pelo meio acadêmico e pela sociedade, apesar dos esforços feitos nesse sentido, por exemplo, pela ABRP. Em 1990, quase três décadas após a regulamentação da profissão, aconteceram grandes transformações, que redefiniram papéis em todos os setores.

As Relações Públicas passaram por questionamentos e por uma redefinição de seu papel, enquanto profissão e como atividade estratégica. A própria regulamentação acha-se em xeque, reveem-se conceitos e a universidade interage mais com o mercado. Os fatos mais relevantes ocorridos até o momento, sinalizam uma maior consciência, tanto das escolas quanto dos profissionais (Kunsch, 2003, p.39).

A profissão tem diversas áreas de aplicabilidade, e com isso a difícil explicação do que seria a atividade de Relações Públicas. Podemos dizer que o profissional é um estrategista, que prevê e articula os recursos da comunicação, que é capaz de gerar mudanças e que passou por grandes transformações ao longo do tempo, se adequando a interdisciplinaridade gerada pela globalização.

2.1 Diretrizes curriculares nacionais e Projeto político pedagógico do curso de Relações Públicas

Atualmente, a formação profissional em RP segue a Lei Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e as Diretrizes Curriculares Nacional (DCN), que orientam as instituições de ensino a definirem em seus Projetos Político Pedagógico (PPP), as bases teórico-prática, inerentes ao profissional a ser formado. Cada curso desenvolve seu plano e decide como organizar o processo ensino aprendizagem, visando atingir os objetivos de formação, previamente delineados no planejamento pedagógico traçado, de maneira que as metas estabelecidas sejam alcançadas. A DCN para o curso de RP indica em seu Art. 3º, X, nos §1 e §2 que “a proposta pedagógica deverá assegurar a formação de profissionais generalistas” e “deverá estabelecer ações pedagógicas visando o desenvolvimento de condutas e responsabilidade profissional e social” (DCN, 2013 Resolução CNE). Nesse sentido o curso de RP visa formar um egresso capaz de considerar os aspectos culturais e relacionais na interação com o público, estimulando uma identidade profissional voltada as demandas sociais, competentes, criativos, com visão crítica, bem como cidadãos cônscios de suas responsabilidades para com a sociedade (Brasil, 2013). Além do perfil do egresso, as DCN (Brasil, 2013) estabelecem carga horária mínima para as disciplinas teórico práticas e para os estágios opcional e obrigatório. Além disso, apresenta a estrutura dos conteúdos básicos e específicos que estão organizados em 4 eixos: 1. Formação Geral; 2. Formação em Comunicação; 3. Formação em Relações Públicas e 4. Formação Suplementar. Entretanto, na análise de Tavares, Rhoden, Poveda, (2017, p. 6)

As DCN são genéricas em relação ao que se espera do profissional de Relações Públicas no cenário digital e no que diz respeito às suas habilidades e competências. Poderiam ser mais delineadoras, mais objetivas, principalmente no que tange às habilidades e competências específicas, fixando-as em níveis compatíveis com o preparo que o mundo do trabalho exige do profissional, após a conclusão do curso de graduação, de nível superior e específico.

Fundamentada nesse princípio o egresso do curso de RP deve ser, de acordo com o Parecer CNE/CES n.º 85/2013, um profissional ético, humanista, crítico e reflexivo, com as seguintes características pessoais, tais como: capacidade acurada de análise conjuntural; percepção das dinâmicas socioculturais; compreensão das problemáticas contemporâneas, decorrentes da globalização, das tecnologias de informação e da comunicação e do desenvolvimento sustentável necessária ao planejamento de relações públicas; entendimento do campo técnico-científico da comunicação; capacidade de liderança e visão empreendedora (Brasil, 2013). Em 2019, a Relações Públicas, Nicola escreveu 10 habilidades que devem ser desenvolvidas por todos RP nos novos tempos. Para ela, são essenciais: Construir relacionamentos; escrever bem; dominar storytelling11; ser estratégico; analisar dados; abraçar o digital; ser multidisciplinar; construir imagem e reputação; trabalhar o branding22; vender, (Nicola, 2019, p.7). Além disso, o contexto histórico que a sociedade se encontra, atualmente, requer a inclusão de habilidades voltadas a era digital. Esta configuração traz para a atividade de Relações Públicas, uma função que exigirá do profissional a habilidade em interagir com a comunidade e a empresa, diagnosticando falhas e propondo alternativas para o desenvolvimento social. O profissional de Relações Públicas deverá ter uma visão macro e desenvolver ações que possam interagir e interligar-se com as demais atividades da comunicação contemporânea. Assim, novas habilidades e competências necessitam ser desenvolvidas, em um processo contínuo de ensino aprendizagem que tome como referência os conhecimentos adquiridos durante a formação inicial, mas que busque a atualização de saberes e atendimento às demandas profissionais atuais, em consonância com a realidade local, regional e nacional. Estes são elementos motivadores para aprimorar o planejamento do processo ensino aprendizagem e a qualidade do profissional a ser formado.

2.2 Processo ensino aprendizagem

Os conteúdos de aprendizagem para o curso de Relações Públicas são pautados pelas DCN, PPP e Código de Ética da profissão. São organizados em disciplinas e desenvolvidos em sala de aula, de acordo com as concepções de cada professor, acarretando situações que às vezes, não favorecem o processo ensino aprendizagem gerando baixo aproveitamento nas avaliações e evasão dos discentes. A falta de planejamento das ações gera dificuldades para o acompanhamento do perfil do egresso, prejudicando a formação profissional dos futuros RP. Este tipo de processo ensino aprendizagem tem sido alvo de várias críticas e objeto de pesquisas, visando superar as dificuldades encontradas e propiciar novos conhecimentos, sobre o uso de práticas motivadoras que resultem em aprendizagem significativa. Nos múltiplos cenários educativos de formação profissional encontra-se um conjunto de modelos pedagógicos, que se fundamentam no modus operandi que se desenvolvem no âmbito das salas de aula. Esses modelos são classificados como: centrados no professor, centrado no estudante, centrado no saber e nos meios de comunicação (Peres et al., 2006). O modelo de ensino centrado no professor se caracteriza por focar mais no ensino do que na aprendizagem, são fundamentados na transmissão da informação. Neste modelo, não há diálogo e nem contextualização do conhecimento, esse tipo de ensino é, no dizer de Paulo Freire (1996), uma educação bancária. Essa prática que considera o professor como o detentor do conhecimento e o aluno como uma tábula rasa, que recebe o que o professor “deposita de conteúdo”, é o cerne da educação tradicional. Em contraposição, os modelos centrados no estudante e centrados no saber são modelos que consideram que o protagonismo estudantil e a relação dialética professor estudante promovem a produção do conhecimento, a partir do contexto sócio-histórico dos conteúdos apresentados. Perante tal concepção, Morán, (2015, p. 24) afirma “o papel do professor é mais o de curador e de orientador” com o discente assumindo o papel central no processo ensino aprendizagem, o que potencializa o processo cognitivo. Entretanto, os modelos pedagógicos estão em sintonia com as teorias de planejamento adotadas, as quais influenciam na motivação, nas expectativas e decisões sobre os argumentos e justificativas a respeito das práticas pedagógicas realizadas. Os docentes ao planejarem suas aulas devem levar em consideração, as habilidades e competências requeridas para a formação de um profissional inovador, crítico, reflexivo e comprometido com os direitos e deveres exigidos pela sociedade e pelo Conselho Federal de Relações Públicas (CONFERP). Nessa lógica, associada ao planejamento, há uma variedade de estratégias de ensino, de ações metodológicas e didáticas diferenciadas que estão ancoradas nos modelos pedagógicos que lhe dão suporte. Para o Ensino Superior, subsidiados por práticas pedagógicas tradicionais, “muitos professores ainda se colocam à frente de uma turma, se vendo como especialistas na disciplina que lecionam a um grupo de alunos interessados em assistir a suas aulas” (Gil, 2015, p. 8). Para Ferreira (2010) e Gil (2015) é no ensino superior onde se verifica menor diversidade em relação as práticas pedagógicas. Corroborando, Silva (2018, p. 207) afirma que:

[…] maioria dos professores universitários ainda vê o ensino como transmissão de conhecimento, por meio de aulas expositivas e/ou atitudes conservadoras. Por esse motivo, tendem a se ver como especialistas na disciplina que lecionam a um grupo de alunos interessados em assistir a suas aulas, e os saberes pedagógicos fica a sabor dos dotes naturais de cada professor. Lamentavelmente, nem todos os professores universitários recebem preparação pedagógica específica ou suficiente.

Em revisão sistemática da literatura, Alves e Bego (2020, p. 82) inferem que a “metodologia de ensino é, por consequência, a responsável por moldar e orientar os demais elementos do planejamento do professor”. Em continuidade, a análise realizada sobre as metodologias de ensino, eles identificaram dois grupos:

o primeiro grupo de autores possui uma concepção de metodologia mais próxima à ideia ações desenvolvidas durante o ensino (...). Já o segundo grupo de autores entendem metodologia relacionadas às ideias dos professores, acerca do processo ensino aprendizagem, em outras palavras, suas concepções sobre o que é aprender e de como o ensino deve ser conduzido (Alves e Bego, 2020, p. 83).

Em consonância com os modelos pedagógicos que colocam o discente assumindo o protagonismo do processo ensino aprendizagem, Tavares (2019) aponta “o uso de metodologias ativas como uma possibilidade de buscar a pró atividade dos alunos, estimulando o seu engajamento com o tema proposto”. Vale ressaltar, de acordo com Alves e Bego (2020, p. 87) que a “abordagem metodológica a ser adotada, deve orientar a delimitação dos objetivos de aprendizagem, bem como a seleção e a estruturação das estratégias didáticas e de avaliação, recursos e materiais de aprendizagem demandados”. Nesta perspectiva o planejamento pedagógico é responsável por orientar o trabalho do professor, sendo fundamental, a fim de promover experiências pedagógicas exitosas com os discentes. Colocar o discente como protagonista de sua própria aprendizagem, requer enfrentar os desafios de uma formação profissional que atenda as demandas do século 21, como também, a adoção de estratégias de ensino criativas e inovadoras. Nesse contexto, o planejamento pedagógico tem uma função indispensável por determinar as ações que recaem sobre docentes, discentes e gestores do curso, sendo o eixo condutor da formação profissional pretendida.

3.Metodologia

Esta pesquisa qualitativa de abordagem fenomenológica permite contextualizar o curso de Relações Públicas de uma universidade pública visando, à medida que as informações vão sendo colhidas e sistematizadas, o aprofundamento sobre as práticas pedagógicas e de planejamento utilizadas durante o referido curso. De acordo com Minayo (2015, p.626) “a análise qualitativa de um objeto de investigação, concretiza a possibilidade de construção de conhecimento e possui todos os requisitos e instrumentos para ser considerada e valorizada como um constructo científico”. O campo de estudo compreendeu o curso de graduação de Relações Públicas, de uma instituição de Ensino Superior público, teve como objetivo, identificar a prática pedagógica desenvolvida por professores do curso de Relações Públicas, na perspectiva de contribuir para ressignificar os conteúdos, as práticas e o planejamento de ensino desenvolvidas de acordo com as DCN, o PPP e o Código de ética da profissão. Mediante esses contextos, o foco central desta pesquisa se concentrou em torno das seguintes questões: Quais as práticas pedagógicas e de planejamento utilizadas pelos docentes, para desenvolver nos discentes as competências e habilidades requeridas pelas DCN e pelo código de ética da profissão? O que dizem os discentes sobre a prática pedagógica dos docentes? A produção de dados se deu a partir de entrevistas realizadas com docentes, discentes e a coordenadora do curso. Participaram da pesquisa quatorze (14) discentes que atenderam aos critérios de participação, ou seja: estar regularmente matriculados no curso de Relações Públicas da referida instituição de ensino, estar cursando as disciplinas correspondentes a área profissionalizante, o que corresponde ao 7º e 8º período do curso. Todos os discentes responderam de forma voluntária, e foram informados da motivação da pesquisa. A participação dos docentes, teve como critério de inclusão, ser professor de disciplinas da área profissionalizante do curso, 7º e 8º períodos. Participaram nove (09) docentes, que assinaram o TCLE, foram informados e tiveram sua identificação omitida. Todos os professores tinham grau de doutoramento, cargos efetivos da instituição pesquisada e lecionavam, no referido curso, havia mais de dez anos. Importante ressaltar que também participaram da estruturação do PPP e possuíam experiência na docência, devido ao tempo em que eram professores. A coordenadora, também professora do curso, foi eleita para compor um colegiado, sendo escolhida pelos membros do colegiado para exercer a função de gestora do curso. Como atribuição da função, foi sua responsabilidade conduzir o grupo de trabalho na elaboração do PPP, em colaboração com docentes, discentes e funcionários. Neste contexto, os profissionais respondentes, tanto docentes quanto coordenadora do curso, conheciam as práticas pedagógicas e de planejamento, bem como os processos educativos que envolviam esta etapa da educação superior, visto que tinham experiência nas funções exercidas. Ressalta-se, nesse sentido, a importância da participação deles nesta pesquisa, considerando a possibilidade para que ocorra a promoção de reflexões e o preenchimento de possíveis lacunas identificadas. Além das entrevistas realizadas com discentes, docentes e a coordenadora do curso para a produção de dados, foi realizada a leitura exaustiva dos seguintes documentos: PPP, entendendo que este documento norteia a ação pedagógica; as DCN apresentam as regras que orientam o funcionamento e organização do curso através de bases legais; bem como outros documentos que foram verificados para compreender e averiguar as particularidades que estão implícitas no código de ética da profissão. Os dados obtidos com as respostas dadas pelos docentes, discentes e coordenadora, foram categorizadas e se estabeleceu a relação destas com A DCNs, o Projeto Político Pedagógico do Curso, e com as reflexões advindas da literatura sobre o tema. Sistematizados os resultados, as contribuições dadas pelos participantes foram analisadas, visando identificar as práticas pedagógicas e de planejamento utilizadas no curso de RP. A análise dos resultados foi realizada a partir da Análise de Conteúdo na Modalidade Temática por ser “rápida e eficaz na condição de se aplicar a discursos diretos (significações manifestas) e simples” (Bardin, 2011 p. 201). Além disso, teve como objetivo descobrir os núcleos de sentidos da comunicação, que representem algo para o alcance dos objetivos (Minayo, 2015; Bardin, 2011). Nela, o tema é a unidade de significação, que se desprende de um texto analisado. A análise do conteúdo seguiu as etapas imprescindíveis e sucessivas indicadas por Minayo e Costa (2019, p. 26). Após leitura atenta e exaustiva, até a impregnação (Minayo & Costa, 2019, p. 26), identificou-se, por meio de inferência, os núcleos de sentido que reorganizados resultaram em duas categorias: Objetivo do planejamento e Práticas pedagógicas. De acordo com a resolução 510/2014 do conselho nacional de saúde que regula a pesquisa envolvendo seres humanos, este estudo foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa sendo aprovado em 27/03/2020, pelo parecer nº 3.938.923 CAAE: 29885920.8.0000.5013. Os que concordaram em participar da pesquisa assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) antes da coleta de dados, mas sua identificação foi protegida.

4.Resultados e discussão

4.1 Objetivo do planejamento

Planejar para Padilha (2001, p. 63) “significa exercer uma atividade engajada, intencional, científica de caráter político ideológico e isento de neutralidade”. Nesta acepção o planejamento é imprescindível, para o docente orientar seu trabalho, organizar metodologicamente a prática pedagógica visando uma boa atuação. Perguntado aos docentes se eles planejavam a prática pedagógica, qual objetivo e se a convivência com os discentes contribuía para a prática pedagógica, todos eles responderam que planejavam sua atuação em aula e, que a convivência com os discentes contribuí para o aperfeiçoamento da prática pedagógica, para a construção de conhecimentos e favorece ao diálogo e as trocas de experiências e aproxima da realidade dos discentes. Para os docentes P3 e P5 a convivência com os discentes contribuiu para “construir o conhecimento de forma coletiva e em sintonia com a realidade dos alunos” (P3). O docente P5 respondeu que “podemos refletir sobre nossas práticas e podemos aprimorar ou aprender metodologias mais condizentes com as realidades de cada aluno” (P6). Para P7 “A convivência tanto a remota, quanto a presencial, aperfeiçoa a prática profissional”. O docente P8 afirmou “[...] é fundamental. Pois o aperfeiçoamento vem dessa troca, do feedback com os mesmos”. Neste sentido, P9 respondeu que a convivência é importante por favorecer “[...]a interação, o diálogo que se constrói, a troca de experiências, as vivências de cada um”. Reconhecendo que a formação do profissional de relações públicas é complexa, o ensino precisa ser intencionalmente planejado e compartilhado, por meio de ricas e intensas interações para que os sentidos em circulação possam ser apreciados no plano social da sala de aula e compreendida por todos (Gontijo et al., 2013). Aos discentes foi perguntado se eles percebiam a existência de planejamento das aulas de seus professores. Os discentes D4, D12 e D14 responderam que percebiam o planejamento em algumas disciplinas. “Apenas alguns, o planejamento é seguido de fato, a maioria apenas mantém o planejamento nas primeiras aulas” (D4), “Em algumas disciplinas, sim” (D12), “Dá para perceber o que eles planejam para as aulas” (D14). Vale ressaltar que todo o planejamento consta no PPP, o qual foi construído coletivamente com a participação de docentes, discente e técnicos do referido curso. Na perspectiva da intencionalidade no planejamento é pertinente a institucionalização de práticas que promovam a reflexão, a discussão, contemplem o contexto social e favoreçam a aquisição de competências e habilidades pertinentes a profissão, uma vez que o planejamento evita o improviso. Para a coordenadora do curso “A coordenação acompanha o planejamento das aulas através do plano de ensino enviado pelos professores e solicitado pela Pro reitoria de graduação”. Entretanto, “A coordenação avalia os assuntos ministrados pelos professores e suas respectivas metodologias, aplicadas ao campo das relações públicas”. De acordo com o PPP, caberá a gestão coordenar o planejamento, a execução e o acompanhamento do semestre letivo, visando o desenvolvimento de competências e habilidades, tendo em vista o perfil do egresso e sua capacidade de propor formas inovadoras no mercado de trabalho.

4.2 Práticas pedagógicas

A prática pedagógica envolve o processo de planejamento, execução e avaliação. Para Souza (2015) no planejamento estão contidos o conteúdo, tema, metodologia, recursos didáticos e avaliação. A responsabilidade do planejamento é do docente, que atua como mediador do processo, instigando o discente a ser protagonista de sua aprendizagem, levando-o para um contexto de interação, seja por trabalhos em grupo ou discussão de problemas. Em resposta a questão sobre o uso de práticas pedagógicas atualizadas para a disciplina que ministra, os docentes disseram: “Busco acompanhar as discussões sobre práticas de ensino em Relações Públicas em fóruns importantes da área” (P3). “Procuro aprender e praticar metodologias que coloquem o aluno como protagonista na construção do seu conhecimento, e que promova interação entre seus pares. Essa troca é importante para que uns possam auxiliar outros que estejam com alguma dificuldade. (P4). Entretanto, P6, afirma que utiliza métodos pedagógicos ainda que clássicos “visando inovar e agregar criatividade através de métodos pedagógicos, ainda que clássicos, mas adequando-os à realidade da disciplina e da atualidade (P6). Enquanto P7 diz que “Procuro estar atualizada, de modo que as aulas sejam produtivas e despertem o interesse dos discentes” (P7). Para P9 “Atualização é essencial” (P9). Os demais P1, P2, P5 e P8 responderam apenas sim. Embora atentos as tendências e desafios do mundo contemporâneo, as relações feitas pelos docentes não consideraram os diversos aspectos que envolve a prática pedagógica. Para (Coloni et al., 2016, p. 2) “a prática pedagógica é um processo que envolve múltiplas dimensões: formação docente, perfil do aluno, metodologia de ensino, objetivos e conteúdos de aprendizagem, as estratégias de ensino, a avaliação educacional e a relação entre professor aluno”. Tornar o estudante responsável por sua própria aprendizagem, requer que a docência seja planejada com base em situações desafiadoras, em aulas contextualizadas que despertem a criatividade, levem a reflexão e a aprendizagem significativa. Questionados sobre o tipo de aula mais utilizada pelos docentes, os discentes responderam: “Aulas expositivas” segundo afirmaram os discentes D2, D3, D7 e D13. Para os discentes D8, D9, D10, D11 e D12 as aulas eram “Expositiva, onde o professor fala sobre determinado tema e os alunos colaboram com comentários e questionamentos” (D8). “Expositivas com apresentação de slides (D9), “Aulas com recursos visuais (slides) e verbais (faladas)” (D10), “Exposição de conteúdo e discussão (D11) “Exposição de conteúdo em quadro branco (aula presencial); discussão de texto de forma apenas oral (período de aula on-line - pandemia)” (D12). Os discentes D1 e D4 responderam que a metodologia utilizada era “Leitura e Diálogo” D5 informou “Slide com recursos visuais” e D14 “Aula por slide”. D6 afirmou, “Aulas apenas oral (período de aula on-line - pandemia)”. Historicamente, o modelo expositivo foi a base do planejamento, execução e avaliação da docência. Em contraposição a esse modelo tradicional, Teles et al. (2020) aponta que os estudantes durante seus processos formativos deveriam vivenciar momentos que mobilizassem, no aspecto teórico prático, situações que os levem a utilizar as tecnologias de informação e de comunicação digital. Sobre o planejamento a coordenadora do curso diz: “Poucas alterações acontecem no planejamento das aulas, informação obtida através de conversas informais com os professores. O curso de Relações Públicas está formando profissionais para atuação no novo contexto digital, tecnológico-informatizado e “multimidiático”, que sejam capazes de articular novas formas de discursos por meio do hipertexto, da hipermídia, interagir na rede mundial da Internet (...). Dessa forma, com relação às expectativas de aprendizado dos alunos, como os professores seguem as ementas que estão disponíveis no próprio sistema acadêmico e projeto político pedagógico”. A formação profissional requer uma aprendizagem significativa e contextualizada, nessa perspectiva, não há espaço para o ensino meramente técnico, este deve ir além das metodologias tradicionais, “substituindo as práticas reprodutivas pelo pensar e executar práticas que respondam as necessidades do homem contemporâneo” (Maia, 2009, p. 87). Vale ressaltar que a prática pedagógica é o guia do processo ensino aprendizagem, sendo fundamental para o desenvolvimento de competências e habilidades inerentes a formação dos futuros profissionais de RP.

5.Considerações Finais

A abordagem metodológica adotada nesta pesquisa utilizou a entrevista, por ser um dos recursos inerentes a produção de dados em trabalhos que utilizam metodologia qualitativa em contexto educacional. Docentes, discentes e coordenadora do curso pesquisado foram entrevistados, a partir de um roteiro previamente elaborado contendo três questões para cada grupo de participante. Com as informações obtidas procuramos, identificar as práticas pedagógicas e de planejamento utilizadas no curso de RP. Docentes, discentes e coordenadora apresentam diferentes percepções sobre as práticas planejadas e as executadas em sala de aula. O que acontece na visão dos docentes, sobre sua atuação em sala de aula, difere da percepção dos discentes e das informações coletadas pela coordenadora. Segundo os docentes, eles planejaram suas aulas com o objetivo de interagir com os discentes visando uma prática articulada com a realidade. Os discentes atentos a atuação dos docentes, no que se refere ao processo formativo enquanto futuros profissionais, mencionaram que a maioria dos docentes utilizaram aulas expositivas e não seguiram o planejamento proposto no PPP do curso. A coordenação, que teria o dever de acompanhar a ação docente, o fazia com foco no conteúdo e na metodologia descrita nos planos de aula e nas informações dadas informalmente pelos docentes. O cotejamento dessas contribuições identificou a existência de um descompasso entre as informações obtidas. Assim, necessário se faz intervenções visando um acompanhamento mais efetivo, na perspectiva de contribuir para ressignificar os conteúdos, as práticas e o planejamento de ensino. Em estudos futuros, a investigação com observação sistemática participativa nas aulas poderá auxiliar no aprofundamento do conhecimento sobre as práticas utilizadas, a partir da imersão na realidade em pesquisada.

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1 Storytelling - é a habilidade de contar histórias utilizando recursos audiovisuais, além das palavras. A técnica ajuda a promover negócios e vender serviços de forma indireta, com caráter persuasivo. É utilizado com frequência na TV, no marketing e na publicidade. Comerciais, filmes, séries possuem os seguintes elementos principais: mensagem, ambiente, personagem e conflito. Isso é válido para todo tipo de história.

2Branding - é o conjunto de ações alinhadas ao posicionamento, propósito e valores da marca. Tem por objetivo despertar sensações e criar conexões consciente e inconscientes, que serão cruciais para que o cliente escolha a sua marca no momento de decisão. É a criação de significado por meio de símbolos.

Recebido: 01 de Fevereiro de 2022; Aceito: 01 de Abril de 2022

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