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Revista Lusófona de Estudos Culturais (RLEC)/Lusophone Journal of Cultural Studies (LJCS)

Print version ISSN 2184-0458On-line version ISSN 2183-0886

RLEC/LJCS vol.9 no.1 Braga June 2022  Epub May 01, 2023

https://doi.org/10.21814/rlec.3960 

Editorial

Entre a Emergência e a Transformação: Unindo Pontos, Tecendo Laços

Ana Maria Costa e Silva1 

Margarida Morgado2  3 
http://orcid.org/0000-0002-3651-3030

Monika Hřebačková4 
http://orcid.org/0000-0002-0780-9676

1Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, Universidade do Minho, Braga, Portugal

2Centre for English, Translation and Anglo-Portuguese Studies, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa, Lisbon, Portugal

3Escola Superior de Educação, Instituto Politécnico de Castelo Branco, Castelo Branco, Portugal

4Department of Economics and Management, University of Chemistry and Technology in Prague, Prague, Czech Republic


Pensar as sociedades contemporâneas, particularmente nos últimos 3 anos, inclui necessariamente recorrer às diversas experiências sensoriais: o que observamos, ouvimos, sentimos, fazemos. Vivemos tempos de crise social e contextos de emergência devido à situação pandémica da COVID-19, a nível mundial; um fenómeno extensivo a todos os continentes e populações, que deu visibilidade à força e à fragilidade da globalização, à interdependência geográfica, económica e social de continentes, países, instituições e pessoas. Assistimos chocados ao deflagrar da guerra e à escalada de agressividade não apenas em locais longínquos e noutros continentes, mas suficientemente próximo de onde vivemos para despoletar em nós a reflexão sobre a defesa confiável da liberdade e dos valores europeus. Face às manifestações visíveis no confronto, nas mortes e na guerra verbal e física, na dicotomia entre o ocidente e o oriente, reconhecemos a importância do diálogo e da mediação para a defesa dos direitos humanos e da paz no mundo.

Todos, ainda que a diferentes níveis e graus de intensidade, fomos/somos afetados. Seguramente a experiência da fragilidade está mais presente e as relações das pessoas são revisitadas, abrindo brechas de distanciamento, solidão e reinvenção. Neste processo, as populações mais vulneráveis (a nível social, económico, demográfico, cultural) estão mais expostas aos riscos e, neste caso, os idosos isolados, os migrantes e refugiados, as crianças, os trabalhadores precários foram/são afetados de forma particular. Sem dúvida os contextos multiculturais são mais visíveis e intensos e interrogam a noção e a experiência de cidadania, ao mesmo tempo que ameaçam as noções de vida social e de comunidade como as conhecemos. Provavelmente, há referenciais que perderam sentido e outros que progressivamente invadem as nossas realidades e os nossos imaginários. O “estado de emergência” em que vivemos é complexo a vários níveis, de isolamento profilático, de afastamento físico das pessoas, de violência psíquica, física e social, de acentuação de vulnerabilidades e inequalidades de populações mais fragilizadas e marginalizadas.

Faz sentido convocar a metáfora “entre totalidade e infinito”, que Martins (2019) utiliza para pensar e analisar a “crise dos refugiados” na Europa. Na sua argumentação recorre a Euclides para retomar a figura geométrica “ponto”, afirmando

vejo nesta figura geométrica, de um alinhamento de pontos descontínuos, intermitentes, a metáfora da vida contemporânea, que é menos linha a indicar um fundamento seguro, um território conhecido e uma identidade estável, do que um alinhamento de pontos inconstantes, em travessia. Mas com o desenho de linhas e o alinhamento de pontos, podemos figurar cordas físicas e tácteis. As linhas, tal como os pontos alinhados em reta, podem ser cordas tensas, abrigos contra o abandono, a impessoalidade e o isolamento. (Martins, 2019, p. 31)

Curiosamente, ou talvez não, percebemos esta metáfora como cada vez mais atualizada e pertinente. Está presente na densidade dos dias que correm e no nosso imaginário simultaneamente perplexo, expectante e confiante no alinhamento dos pontos e nas retas que possam tecer cordas tensas e fortes. É com esta perplexidade e confiança que ousamos falar de mediação e cidadania, condições fundamentais para o desenvolvimento social e humano. Ousadia e perseverança essenciais para (re)construir permanentemente as pontes quebradas e (re)alinhar os pontos dispersos.

A mediação é o procedimento de comunicação construtiva para a prevenção e gestão positiva dos conflitos, a produção de diálogos transformadores e o tecimento dos laços sociais (Silva, 2018). Convocar e produzir diálogos interculturais transformadores são ações essenciais para desconstruir fronteiras (Silva et al., 2019) e descobrir saídas inesperadas, criativas e inovadoras em tempos de mudança como os que descrevemos. Outro desiderato fundamental é estimular a análise de objetivos plurais e multifacetados em contextos de grande transformação social, recorrendo a práticas de mediação intercultural, de construção de cidadania multicultural e de desenvolvimento positivo da sociedade que sejam transformadoras e “regeneradoras” numa lógica humanista de cuidado do outro e de construção de possibilidades de reinterpretação da sociedade em contextos de crise. Definir as pré-condições para a transferência bem-sucedida e para o derrube de po tenciais obstáculos constitui um garante de eficiência de todo o processo transformador.

As transformações de natureza tecnológica, cultural e social introduziram profundas alterações nas estruturas sociais e na organização das comunidades humanas, abrindo espaço ao questionamento da noção de cidadania, ao seu aprofundamento, reivindicação e reconhecimento a diversos níveis, concretamente na diversidade e na diferença sexual, racial, étnica, diaspórica, ecológica, tecnológica e cosmopolita (Martins et al., 2017, p. 7).

São muitas e diversas as perguntas que podemos formular face aos desafios de transformação de sociedades em crise social, cultural e de identidade:

  • Que impactos são sentidos na coesão social e territorial e nos modos de cada indivíduo, grupo ou comunidade pensar a cidadania e a sua atuação cidadã?

  • Que espaços emergentes de segurança e de interculturalidade são criados e como?

  • Quais as intervenções culturais e sociais que fazem maior sentido?

  • Que espaços (emocionais, físicos, digitais, etc.) emergentes, convencionais e não-convencionais (i.e., éticos, estéticos, pedagógicos, sociais) de mediação se criam e como se alimentam?

  • Como se tem perspetivado a reconstrução de identidades plurais, de comunidades multiculturais e interculturais, assim como o sentido de pertença a um espaço social plural e diverso durante e pós-pandemia?

  • Como é que a situação pandémica de crise social e emergência sanitária afeta o trabalho de mediadores interculturais nas suas diversas esferas de atuação (social, cultural, educativa)?

Este número da Revista Lusófona de Estudos Culturais reúne um conjunto de textos temáticos que discorrem sobre várias destas questões, identificam e discutem fragilidades reais e potenciais e inventariam potencialidades e desvios criativos às situações de perturbação social e humana, experienciadas nos últimos anos em diversos territórios geográficos, sociais e humanos. Sob o tema “mediação intercultural, cidadania e desenvolvimento social”, os sete textos que incluem o núcleo temático desta edição ampliam horizontes e desafiam formas de vida mais íntegras, interculturais e inclusivas, trazendo contributos reflexivos sobre possibilidades de intervenções culturais e sociais, em tempos pandémicos e pós-pandémicos, de diálogo e de mediação intercultural, de cidadania e de desenvolvimento social em contextos diversos e a partir de múltiplas perspetivas.

Patricio Dugnani, em “Corpo Estendido Versus Corpo Intercultural: Reflexões Sobre o Uso dos Meios de Comunicação e a Interculturalidade”, apresenta um conjunto de questões: será que os média digitais conseguem expandir o sistema nervoso? Como podem as teorias da perceção ser alargadas e qual a nova forma de organização das sociedades interculturais? Qual o novo paradigma intercultural e quais as estratégias de comunicação que se devem desenvolver num mundo globalizado? Estes tópicos são objeto de análise e reflexão, colocando-se hipóteses e construindo-se argumentos que abrem modos possíveis de prevenir o desaparecimento da alteridade e da sociedade moderna. O autor aponta três competências-chave que devem ser desenvolvidas para apoiar as relações harmoniosas entre indivíduos e para o funcionamento democrático de sociedades e instituições interculturais futuras.

A gamificação como instrumento pedagógico de ensino-aprendizagem tem estado no centro de diversos debates. Francisco Rocha e Rosa Maria Faneca, em “As Potencialidades do Kamishibai Plurilingue na Educação Para a Diversidade Cultural”, focam-se na necessidade de abertura da comunidade escolar a culturas diferentes da nossa, a estilos de vida diversos e a formatos e técnicas para compreender outros padrões de pensamento, valores e normas diferentes daqueles a que nos habituámos, a partir das potencialidades da narração de histórias por meio de peças dramáticas visuais, feitas à mão, que se originaram no século XII em templos budistas japoneses. O kamishibai, uma nova inspiração para educadores, culturalmente muito rico, pode facilitar o diálogo e a inclusão nas escolas quando usado como recurso educativo sob a forma de kamishibai plurilingue. Este é avaliado tanto em termos das suas limitações como da sua contribuição para o desenvolvimento da competência intercultural no ensino básico do primeiro ciclo, descrevendo-se de forma aplicada os passos necessários para o seu uso e para criar um impacto no autodesenvolvimento da criança, na sua comunicação e no desenvolvimento das suas capacidades cognitivas.

Isabel Macedo apresenta, no texto “O Filme Ilha da Cova da Moura, os Média e a Permanência dos Racismos na Sociedade”, o papel dos média na formação dos jovens, na construção de representações e estereótipos e na sua desconstrução. Através da análise do filme Ilha da Cova da Moura de Rui Simões, a autora analisa e discute a mensagem do filme, nomeadamente o papel do associativismo, a ideia de pertença e agência à/na comunidade e os estereótipos sociais e discriminação racial vivenciados por habitantes de um bairro periférico de Lisboa.

No texto seguinte, “A ‘Cidade Amiga do Idoso’ Acidental: Expectativa Pública e Experiência Subjetiva em São Paulo”, as autoras Marília Duque e Adriana Lima de Oliveira apresentam uma experiência em São Paulo, que denominam de “cidade amiga do idoso acidental”. A partir da caracterização demográfica das sociedades contemporâneas, do seu envelhecimento e das políticas públicas orientadas para o envelhecimento ativo, documentam o movimento entre a expectativa pública de medidas inovadoras, como as relacionadas com as cidades inteligentes e as cidades amigas dos idosos, com a experiência subjetiva e objetiva dos idosos face aos meios disponíveis e a sua acessibilidade aos mesmos. A experiência que documentam discute a inclusão digital e social dos idosos e apresenta a construção de uma rede de interação e suporte de um grupo “acidental” através do recurso ao WhatsApp.

No artigo seguinte, “Mudando Perspetivas: O Papel das Indústrias Criativas em Projetos de Inovação Social Para Empoderar as Comunidades Locais”, as autoras Ana Margarida Cruz Silva e Clara Maria Laranjeira Sarmento e Santos abordam as novas perspetivas oferecidas por projetos de inovação social que criam oportunidades para o desenvolvimento cultural de áreas rurais no centro de Portugal no período pós-pandémico. As autoras exploram o papel desempenhado pelas comunidades locais que, quando empoderadas, atuam sobre o ambiente global a partir de culturas locais, criando um espaço intercultural no mundo globalizado. Uma breve revisão da literatura configura alguns conceitos de inovação social e de estratégias de sustentabilidade e tendência “glocais” que afetam o desenvolvimento das indústrias criativas com impacto no funcionamento de comunidades locais.

No texto “‘Cadê o Museu?’ Reflexões Sobre o Impacto da Pandemia nos Espaços Culturais e Educadores Surdos de Museus”, Maria Izabel dos Santos Garcia, Rebeca Garcia Cabral e Bruno Ramos da Silva discutem a inclusão de pessoas surdas e o seu acesso à cultura. Os autores refletem sobre a importância do acesso à cultura, nomeadamente a museus, o qual foi particularmente afetado e suspenso com a pandemia da COVID-19 no Brasil. Nesse contexto, foram especialmente afetadas as pessoas surdas, antecipando os autores propostas concretas de reinvenção dos museus para proporcionarem a inclusão e o acesso à cultura, conferindo particular relevância à existência de mediadores culturais surdos nos museus para facilitar a comunicação e a inclusão.

O núcleo temático encerra com o texto “Turismo de Risco na Sociedade Viral: Um Estudo Usando a Análise Híbrida do Discurso” de Pedro de Andrade. O autor aporta uma nova visão sobre a emergência de processos sociais híbridos e a sua relação com as noções de sociedade viral, turismo de risco viral e alfabeto de relações inter-conceptuais, incluindo um glossário de uma recém-constituída terminologia nas áreas do turismo urbano e da análise híbrida do discurso. O texto começa por se focar nas transformações das formações sociais face à pandemia da COVID-19, interpreta a informação publicada na rede social digital Wikipedia e avalia argumentos em contextos teóricos e práticos.

A secção Varia conta com quatro importantes contribuições. Berta García-Orosa apresenta-nos uma análise das estratégias de comunicação política digital de 25 partidos políticos de cinco países lusófonos. A autora verifica tendências já identificadas em estudos anteriores, como a inovação nas narrativas digitais, o uso de diversas plataformas e o envolvimento na interação comunicativa. São ainda identificadas novas tendências, entre elas encontram-se o uso de mensagens instantâneas, o podcast e a implicação na neutralização das “notícias falsas”.

De seguida, Carlos Alberto de Carvalho traz-nos uma reflexão conceptual e metodológica sobre comunicação, jornalismo e as relações de género, salientando o quanto as dinâmicas sociais das relações de género são potencialmente disruptivas. Para isso, parte de trabalhos de investigação sobre a cobertura noticiosa da violência física e simbólica contra mulheres, de acontecimentos que envolvem a homofobia e as suas consequências, refletindo, ainda, sobre os primeiros casos tornados públicos de síndrome da imunodeficiência adquirida.

A secção Varia integra, também, um estudo comparativo, em que se apresenta uma análise dos debates mediáticos sobre a reforma agrária no período de 1932 a 1936 em Espanha e em 1964 no Brasil. Camila Garcia Kieling e José Manuel Peláez Ropero analisam os textos jornalísticos publicados pelo jornal monárquico ABC (Espanha) e pelo jornal O Estado de S. Paulo (Brasil), explorando o discurso da imprensa em dois importantes eventos que marcaram o século XX: a tentativa de golpe de Estado, que deu início à Guerra Civil Espanhola no ano 1936, e o golpe civil-militar de 1964 no Brasil.

Por fim, Carlos Henrique Pinheiro e Elton Antunes oferecem-nos uma análise de dois livros-reportagem sobre catástrofes ocorridas recentemente no Brasil: Tragédia em Mariana, de Cristina Serra (2018); e Brumadinho: A Engenharia de um Crime, de Lucas Ragazzi e Murilo Rocha (2019). Os autores exploram os modos de aproximação jornalística a estes acontecimentos, a partir de três dimensões analíticas - as marcas de escuta e presença autoral; personagens (s)em enredo e projeto; e paratextos -, procurando analisar como cada autor-repórter se posiciona perante a catástrofe e que tipo de registo jornalístico é construído.

O livro Rockonomics: O Que a Indústria da Música Nos Pode Ensinar Sobre Economia e Sobre a Vida, de Alan B. Krueger, em que o autor parte da indústria musical para explicar os princípios da economia e as forças que modelam a nossa vida económica, é objeto de uma recensão por Daniel Morgado Sampaio. Esta recensão encerra este número da Revista Lusófona de Estudos Culturais.

Agradecimentos

Este trabalho é financiado por fundos nacionais através da FCT - Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto UIDB/00736/2020 (financiamento base) e UIDP/00736/2020 (financiamento programático).

REFERÊNCIAS

Martins, M. L. (2019). A “crise dos refugiados” na Europa - Entre totalidade e infinito. Comunicação e Sociedade (Special Volume), 21-36. https://doi.org/10.17231/comsoc.0(2019).3058 [ Links ]

Martins, M. L., Sidoncha, U., & Bandeira, M. (2017). Nota introdutória - Estudos culturais, cidadania e democracia. Revista Lusófona de Estudos Culturais, 4(2), 7-11. https://doi.org/10.21814/rlec.237 [ Links ]

Silva, A. M. C. (2018). O que é mediação? Da conceptualização aos desafios sociais e educativos. In M. A. Flores, A. M. C. Silva, & S. Fernandes (Eds.), Contextos de mediação e de desenvolvimento profissional (pp. 17-34). De Facto Editores. https://hdl.handle.net/1822/62112Links ]

Silva, A. M. C., Cabecinhas, R., & Evans, R. (2019). Culturas, memórias, diálogos em construção. Comunicação e Sociedade (Special Volume), 7-11. https://doi.org/10.17231/comsoc.0(2019).3056 [ Links ]

Tradução: Ana Maria Costa e Silva e Margarida Morgado

Ana Maria Costa e Silva é doutorada em ciências da educação, professora do Instituto de Educação e investigadora do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho. Os seus interesses de investigação centram-se sobretudo na mediação de conflitos, nas identidades profissionais e nos estudos curriculares. Tem coordenado e participado em diversos projetos nacionais e internacionais financiados no âmbito da formação e investigação em mediação. É autora e coautora de diversas publicações, livros, capítulos e artigos científicos com particular incidência na mediação e nas identidades profissionais. Email: anasilva@ie.uminho.pt Morada: Campus de Gualtar, IE, Universidade do Minho, 4700-057 Braga, Portugal

Margarida Morgado é doutorada em literatura inglesa pela Universidade de Lisboa. É professora coordenadora de estudos culturais ingleses na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco. É investigadora associada de educação intercultural, formação de professores e aprendizagem integrada de conteúdos e língua no Centro de Estudos Ingleses de Tradução e Anglo-Portugueses da Universidade Nova de Lisboa e Universidade do Porto. Possui diversas publicações sob a forma de artigos, capítulos de livros e livros na área da educação intercultural e mediação intercultural e tem participado em muitos projetos de investigação aplicada financiados pela União Europeia. Email: marg.morgado@ipcb.pt Morada: Escola Superior de Educação, Rua Prof. Dr. Faria de Vasconcelos, 6000- 266 Castelo Branco

Monika Hřebačková, doutorada, coordena cursos de língua e de desenvolvimento da competência intercultural e social para alunos de licenciatura e de mestrado da Escola de Negócios da Universidade de Química e Tecnologia de Praga, na República Checa. É especialista nas áreas de competência comunicativa intercultural, inglês para negócios, e colaboração em ambiente global e desenvolvimento de competências comportamentais. Na qualidade de professora convidada já apresentou workshops e seminários na Hungria, Finlândia e no México. Possui experiência alargada na coordenação de projetos, tendo ganho com a sua equipa o prémio de melhor projeto internacional Erasmus+ 2018 no ensino superior. Publica regularmente sobre tópicos de inovação no ensino aprendizagem. Email: monika.hrebackova@vscht.cz Morada: VŠCHT Praha, Technická 5, 166 28 Praha 6 - Dejvice, IČO: 60461373, DIČ: CZ60461373

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