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Cadernos do Arquivo Municipal

versão On-line ISSN 2183-3176

Cadernos do Arquivo Municipal vol.ser2 no.8 Lisboa dez. 2017

 

VARIA

 

Fontes medievais do Arquivo Municipal de Lisboa para o estudo dos hospitais

 

Aurora Almada e Santos; Denise Santos; Nuno Martins; Sandra Cunha Pires; Sara de Menezes Loureiro*

* AML – Arquivo Municipal de Lisboa / Câmara Municipal de Lisboa, 1070-017 Lisboa, Portugal.

 

 

O Arquivo Municipal de Lisboa dispõe de um conjunto importante de documentos medievais que contribuem para o estudo de três hospitais medievais em Lisboa, nomeadamente, o Hospital do Conde D. Pedro, o Hospital de São Lázaro, e o Hospital de Dona Maria de Aboim.

Trata-se de um conjunto de 128 documentos à disposição do investigador, em suporte de pergaminho, selecionados na cronologia entre os séculos XIV e XVI, na sua origem não organizados cronologicamente, que constituem os livros: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, Livro 1º do Hospital de São Lázaro e Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro. Os três livros estão integrados na coleção Casa de Santo António, pertencente ao fundo da Câmara Municipal de Lisboa.

O elevado interesse da documentação para o estudo destes hospitais medievais de Lisboa, prende-se com a riqueza e a natureza da informação, bem como, a diversidade e as tipologias das temáticas neles contidos.

Com efeito, podemos encontrar informação quanto ao tipo de património fundiário e edificado, propriedade destes hospitais (como herdades, casas, pardieiros, azenhas, quintas, soutos, olivais, vinhas, ou salinas), à geografia desse património, em Lisboa e seu termo (Loures, Cascais e Sintra), bem como, em áreas mais afastadas, como Leiria. Encontram-se ainda informações que lançam luz sobre patrimónios privados, sua evolução e gestão, como é o caso da Casa de D. Pedro Afonso de Portugal, 3º conde de Barcelos.

Relativamente ainda ao património dos hospitais, é possível encontrar dados sobre a sua constituição (origem de doações), regulamentações e inúmeros atos relativos à sua gestão (emprazamentos, arrematações, aforamentos, arrendamentos, avenças, ou dívidas), para além dos valores e condições dos mesmos (melhoramentos, novas edificações).

Igualmente úteis, são as informações pontuais e dispersas que se podem coligir sobre assuntos diversos como, por exemplo, as alfaias religiosas da capela do Hospital do Conde D. Pedro, as alfaias agrícolas em determinados locais, ou testamentos de pessoas que doaram bens aos hospitais.

Outra vertente relevante é o conhecimento dos indivíduos que ocupavam cargos na gestão e funcionamento destes hospitais (procuradores, provedores, comendadores, capelões, raçoeiros), dados que, por outro lado, contribuem para esclarecer a estrutura da organização e administração destas instituições.

Uma última referência, na qual não se esgota o potencial desta documentação, para a identidade de oficiais que ocupavam cargos rotativos ou desempenhavam ofícios diversos especializados. Quer nos hospitais, quer no município de Lisboa, é possível encontrar atores jurídicos (juízes do cível da cidade, ou procuradores do conde D. Pedro), administrativos (tabeliães), ou financeiros (vedor da casa do Conde D. Pedro). Estes exemplos, e a verificação destes e outros indivíduos, sua proveniência, percurso e genealogia, detêm várias valências e contribuirão para a aferição de redes clientelares, a verificação de estruturas administrativas, ou a extração social dos escolhidos no provimento destes cargos.

Para além de oferecerem o confronto com outras fontes, a inquirição destes documentos constituirá um valioso contributo, quer quanto à administração, organização, gestão de bens, ou abastecimento destes hospitais, quer para o enriquecimento do conhecimento sobre as intervenções e interferências dos poderes régio e municipal nos assuntos relativos a estes hospitais da cidade de Lisboa.

 

HOSPITAL DO CONDE D. PEDRO

O hospital foi fundado em 13481, por Dona Teresa Anes de Toledo, companheira do conde D. Pedro. O hospital situava-se nas casas de Dona Teresa Anes de Toledo nas imediações das Cruzes da Sé, em Lisboa, que haviam sido de Dona Grácia Anes Froiaz, natural de Torres Vedras e mãe do conde D. Pedro, fruto de uma ligação com o rei D.Dinis2. Para a manutenção do hospital, Dona Teresa deixou, em testamento, «todas as suas quintas, e herdades, que tinha em Lisboa, e seu termo, e na Extremadura, pela sua alma, e do conde D. Pedro, a quem recomenda determine o numero de pobres, que nelle se devem sustentar»3.

Embora não tenha sido encontrada documentação que o comprove, Fernando da Silva Correia afirma que, além do hospital, destinado sobretudo a inválidos, Dona Teresa Anes terá estabelecido, outrossim, uma mercearia «anexa ao hospital […] no segundo quartel do século XVI […] com 5 merceeiros, instituídos pelo conde D. Pedro»4.

Foram provedores do hospital entre 26 de janeiro de 1351 e 1432: Pedro Esteves5, João Cravo, Vasco Afonso Carregueiro, João Rodrigues, João Eanes, João Afonso de Óbidos. A figura de provedor terá desaparecido e, a partir de 1475, passa a existir pelo menos um conselho de administradores e governadores6.

Decorrente da reforma na assistência hospitalar implementada por D. João II, cujo objetivo principal era a construção de um hospital que incorporasse a maioria dos hospitais e casas de assistência da cidade de Lisboa, tendo recebido para o efeito a confirmação do papa Sisto IV, através da Bula Ex debito sollicitudinis7, o Hospital do Conde D. Pedro foi agregado ao Hospital Real de Todos-os-Santos, já no reinado de D. Manuel.

 

Doc. 1

1343, janeiro, 6, Lisboa, Paço dos Tabeliães – Estêvão Fernandes, na qualidade de procurador do conde D. Pedro, arrenda, durante dois anos e por três moios de cevada e três de trigo, trinta soldos e dois capões por ano, a Vicente Domingues Varvi (?) Runho, um casal a par de A-dos-Alfaqueques.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 1

Pergaminho, 195 x 277 mm

 

Doc. 2

1348, fevereiro, 2, Bronhido, Paço do Conde D. Pedro – O conde D. Pedro entrega diversas propriedades a Dona Teresa Eanes de Toledo, em pagamento de uma dívida contraída para comprar bens à sua mulher, Dona Maria Ximenes.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 2

Pergaminho, 660 x 280 mm

 

Doc. 3

1346, janeiro, 13, Sintra, ante a casa de João Lourenço – Estêvão Fernandes, na qualidade de procurador do conde D. Pedro e de Dona Maria Ximenes, sua mulher, afora perpétua e hereditariamente, por 35 libras portuguesas e um capão por ano, a Domingos Gil, sua mulher e sucessores, uma azenha na ribeira da Sardinha.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 3

Pergaminho, 312 x 227 mm

 

Doc. 4

1374, janeiro, 27, Sintra, casas de João Eanes da Fonte da Pipa – Vasco Afonso Carregueiro, na qualidade de provedor do Hospital do Conde D. Pedro, afora perpétua e hereditariamente, por 29 libras anuais, a João Eanes, sua mulher e sucessores, um casal em A-dos-Alfaqueques e umas casas em Sintra, propriedades do hospital.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 4

Pergaminho, 309 x 220 mm

 

Doc. 5

1346, março, 13, Lisboa, Paço dos Tabeliães – Estêvão Fernandes, na qualidade de procurador do conde D. Pedro e de Dona Maria Ximenes, sua mulher, afora perpétua e hereditariamente a João Martins Sarrapal, sua mulher e sucessores, por 11 libras portuguesas anuais, diversas propriedades no Covão, pertencentes ao hospital e que já tinham sido emprazadas em duas vidas.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 5

Pergaminho, 310 x 220 mm

 

Doc. 6

1351, setembro, 18, Lisboa, casas que foram de Estêvão Eanes Forjaz – Pedro Esteves, na qualidade de provedor do Hospital do Conde D. Pedro, afora perpétua e hereditariamente a João Esteves e seus sucessores, por metade do sal que for extraído, uma marinha em Alpriate, propriedade do hospital.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 6

Pergaminho, 307 x 220 mm

 

Doc. 7

1387, outubro, 8, Lisboa, adro da Sé – João Rodrigues, na qualidade de provedor do Hospital do Conde D. Pedro, empraza por 26 libras anuais a Aires Afonso, alcaide dos montes, sua mulher, Constança Afonso, e uma terceira pessoa a nomear, um casal na Romeira, junto a Bucelas, propriedade do hospital.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 7

Pergaminho, 310 x 223 mm

 

Doc. 8

1361, novembro, 11, Lisboa, Hospital do Conde D. Pedro – Pedro Esteves, na qualidade de provedor do Hospital do Conde D. Pedro, afora perpétua e hereditariamente por 40 soldos, um capão e meia dúzia de ovos anuais a Gonçalo Eanes, sua mulher e sucessores, umas casas com sótãos e sobrados na Pedreira, em Lisboa.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 8

Pergaminho, 310 x 223 mm

 

Doc. 9

1390, janeiro, 11, Lisboa, adro da Sé – Traslado em pública forma elaborado pelo tabelião Álvaro Vasques da declaração de desistência de Afonso Eanes do aforamento de umas casas com o seu chouso, localizadas em Lisboa, junto ao Mosteiro de São Francisco e da carta de venda do emprazamento dessas mesmas casas a Pedro Eanes, marinheiro, marido de Maria Domingues.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 9

Pergaminho, 310 x 223 mm

 

Doc. 10

1390, janeiro, 18, Lisboa, adro da Sé – João Rodrigues, na qualidade de provedor do Hospital do Conde D. Pedro, empraza a Clemente Domingues, sua mulher e uma terceira pessoa a nomear, por 25 libras anuais, um casal de herdade na Rua dos Cães, em Sintra, propriedade do hospital.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 10

Pergaminho, 315 x 225 mm

 

Doc. 11

1350, maio, 27, Lalim, Paço do Conde D. Pedro – Traslado em pública forma elaborado pelo tabelião Lourenço Eanes do testamento de Teresa Eanes de Toledo, companheira do conde D. Pedro.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 11

Pergaminho, 310 x 225 mm

 

Doc. 12

1390, março, 8, Lisboa, adro da Sé – João Eanes, na qualidade de provedor do Hospital do Conde D. Pedro, afora perpétua e hereditariamente por 35 libras e um par de capões anuais, a Lecim Judeu e sua mulher, Benvinda, e sucessores, um casal de herdade na Rua dos Cães, em Sintra, propriedade do hospital.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 12

Pergaminho, 305 x 230 mm

 

Doc. 13

1390, julho, 18, Lisboa, ante a porta da Alfândega a 1390, julho, 20, Lisboa, adro da Sé – João Eanes, na qualidade de provedor do Hospital do Conde D. Pedro, afora perpétua e hereditariamente por 105 libras e um par de galinhas anuais, a Gil Vicente, sua mulher e sucessores, um casal na Romeira, junto a Bucelas, propriedade desse hospital. Ao documento acrescentou-se a autorização dada pelo juiz do cível de Lisboa, Vasco Simões.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 13

Pergaminho, 310 x 225 mm

 

Doc. 14

1387, maio, 11, Lisboa, à porta da Sé - João Rodrigues, na qualidade de provedor do Hospital do Conde D. Pedro empraza a Domingos Eanes, a Maria Peres, sua mulher, e uma terceira pessoa, por 40 libras anuais um casal em Quenena, propriedade do hospital.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 14

Pergaminho, 310 x 225 mm

 

Doc. 15

1390, novembro, 1, Lisboa – Traslado em pública forma elaborado pelo tabelião Álvaro Vasques, da transferência de João Domingues para João Vicente e Inês Lourenço do aforamento perpétuo e hereditário de uma azenha, uma almuínha, um castanhal e uma herdade localizados na Ribeira da Sardinha, junto a Sintra, propriedades do Hospital do Conde D. Pedro.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 15

Pergaminho, 310 x 230 mm

 

Doc.16

1393, maio, 24, Lisboa, em concelho – Traslado em pública forma elaborado pelo tabelião Álvaro Vasques do aforamento perpétuo e hereditário feito a Teresa Gonçalves, sua filha Isabel e sucessores, de uma vinha com poço e porção de herdade localizadas na Ribeira de Dona Grácia e de todas as casas que estão nesse lugar, propriedades do Hospital do Conde D. Pedro.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 16

Pergaminho, 308 x 228 mm

 

Doc. 17

1393, julho, 19, Lisboa, casas de morada de Álvaro Vasques – João Eanes, na qualidade de provedor do Hospital do Conde D. Pedro, empraza por quatro libras da moeda antiga ou cinco da corrente, a Afonso Eanes, a Guilhulma Geraldes, sua mulher, e uma terceira pessoa a nomear, umas casas térreas em Lisboa, à Sé, propriedade do hospital.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 17

Pergaminho, 308 x 228 mm

 

Doc. 18

1393, setembro, 8, Lisboa, Rua Nova – Avença e composição amigável entre João Eanes, na qualidade de provedor do Hospital do Conde D. Pedro e Vicente Martins Chaínho e sua mulher, Domingas Domingues, relativamente aos danos provocados numas propriedades em Quenena pertencentes ao hospital.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 18

Pergaminho, 308 x 230 mm

 

Doc. 19

1394, fevereiro, 11, Lisboa, adro da Sé – João Eanes, na qualidade de provedor do Hospital do Conde D. Pedro, afora perpétua e hereditariamente pelo quarto da produção, 20 soldos e duas geiras anuais a partir do décimo ano do contrato, a Martim Eanes, sua mulher, Domingas Silvestre, e sucessores, uma vinha localizada na Ribeira de Dona Grácia, propriedade do hospital, com a condição de, no prazo de 10 anos, aí edificarem uma casa.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 19

Pergaminho, 308 x 230 mm

 

Doc. 20

1403, novembro, 6, Lisboa, Paços do Concelho – João Afonso de Óbidos, na qualidade de provedor do Hospital do Conde D. Pedro, afora perpétua e hereditariamente por um quarto de toda a produção, 10 alqueires de trigo por cada courela, um capão, uma dúzia de ovos e duas geiras anuais, a Leonor Vasques, seu filho Fernando e sucessores, duas courelas de vinha com suas casas, lagar e quintal, localizadas na Ribeira de Dona Grácia, propriedades do hospital.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 20

Pergaminho, 305 x 225 mm

 

Doc. 21

1408, julho, 7, Lisboa, casas do Hospital do Conde D. Pedro – João Afonso de Óbidos, na qualidade de provedor do Hospital do Conde D. Pedro, afora perpétua e hereditariamente a Lopo Afonso, sua mulher e sucessores, por um quarto de toda a produção e um par de galinhas anuais pagos a partir do quarto ano, uma courela de herdade que estava em mato, com as suas oliveiras, situada em Vale de Figueira, na Azóia, termo de Lisboa, propriedade do hospital, com a condição de no prazo de quatro anos ser convertida em vinha.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 21

Pergaminho, 305 x 225 mm

 

Doc. 22

1403, fevereiro, 16, Lisboa, Paços do Concelho – Os juízes do cível de Lisboa, João Martins e Bartolomeu Eanes, nomeiam João Afonso de Óbidos como provedor do Hospital do Conde D. Pedro, em substituição de João Eanes.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 22

Pergaminho, 305 x 220 mm

 

Doc. 23

1403, março, 21, s.l. – Relação das alfaias religiosas pertencentes à capela do Hospital do Conde D. Pedro entregues a João Afonso de Óbidos na sequência da sua nomeação como provedor do hospital.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 23

Pergaminho, 308 x 228 mm

 

Doc. 24

1361, novembro, 20, Lisboa – Traslado em pública forma, elaborado pelo tabelião Gonçalo Domingues, do aforamento perpétuo e hereditário feito por Estêvão Fernandes, na qualidade de procurador do conde D. Pedro e de Dona Maria Ximenes, sua mulher, a Pedro Antoninho, sua mulher e sucessores, de um casal em Montelavar.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 24

Pergaminho, 632 x 275 mm

 

Doc. 25

1348, outubro, 9, Castro Rei, adro da Igreja de São Pedro – Traslado em pública forma, elaborado pelo tabelião Lourenço Eanes, de uma carta de Dona Maria Ximenes através da qual vende diversos bens a seu marido, o conde D. Pedro e de uma carta de D. Afonso IV autorizando a permuta de bens entre o conde e a sua mulher.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 25

Pergaminho, 315 x 323 mm

 

Doc. 26

1351, janeiro, 26, São Vicente da Beira, Paço do Conde D. Pedro – O conde D. Pedro institui Pedro Esteves como seu procurador.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 26

Pergaminho, 420 x 185 mm

 

Doc. 27

1354, julho, 5, Torres Vedras, Rua da Corredoura – Martim Martins, sobrinho e procurador de Pedro Esteves, provedor do Hospital do Conde D. Pedro, toma posse dos bens que o hospital possui em Torres Vedras e respetivo termo.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 27

Pergaminho, 753 x 280 mm

 

Doc. 28

1351, agosto, 25, Lisboa – D. Afonso IV autoriza o conde D. Pedro e Dona Teresa Eanes de Toledo, sua companheira, a deixar os seus bens ao hospital fundado em Lisboa por Dona Teresa Eanes de Toledo.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 28

Pergaminho, 226 x 402 mm

 

Doc. 29

1352, fevereiro, 28, Lisboa, adro da Sé – Pedro Esteves, na qualidade de provedor do Hospital do Conde D. Pedro, afora perpétua e hereditariamente por três quarteiros de trigo e outros três de cevada e um carneiro anuais a Martim Martins “Cainho”, sua mulher e sucessores, um casal em Quenena, termo de Sintra, propriedade desse hospital.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 29

Pergaminho, 175 x 239 mm

 

Doc. 30

1353, março, 26, Sintra, casas que foram de Martim Afonso – Martim Martins, na qualidade de procurador de Pedro Esteves, vedor da Casa do Conde D. Pedro e provedor do Hospital do Conde D. Pedro, arrenda durante três anos por 60 libras anuais a Afonso Eanes, um casal de herdade em Montelavar, propriedade desse hospital.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 30

Pergaminho, 255 x 250 mm

 

Doc. 31

1355, fevereiro, 18, Lisboa, ante a porta principal da Sé – Traslado em pública forma, elaborado pelo tabelião João Durães, do aforamento perpétuo e hereditário de um casal em Trajouce feito por Estêvão Fernandes, na qualidade de procurador do conde D. Pedro e de Dona Maria Ximenes, sua mulher, a Domingues Vasques “Salteiro”, sua mulher e sucessores.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 31

Pergaminho, 695 x 303 mm

 

Doc. 32

1355, dezembro, 28, Lisboa, paço dos tabeliães – Pedro Esteves, na qualidade de provedor do Hospital do Conde D. Pedro, renova por mais quatro anos o arrendamento feito a Afonso Eanes por 58 libras anuais de um casal em Montelavar, propriedade desse hospital.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 32

Pergaminho, 118 x 213 mm

 

Doc. 33

1358, julho, 7, Lisboa – O rei D. Pedro I proíbe quaisquer pessoas de pousar nas casas do Hospital do Conde D. Pedro sem a devida autorização.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 33

Pergaminho, 118 x 243 mm

 

Doc. 34

1364, novembro, 8, Lisboa, Paço do Concelho – O concelho de Lisboa escolhe Vasco Afonso Carregueiro como provedor do Hospital do Conde D. Pedro, por motivo de morte de João Cravo, anterior provedor.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 34

Pergaminho, 484 x 228 mm

 

Doc. 35

1387, outubro, 8, Lisboa, adro da Sé – João Rodrigues, na qualidade de provedor do Hospital do Conde D. Pedro, empraza por 26 libras anuais a Aires Afonso, alcaide dos montes, sua mulher, Constança Afonso, e uma terceira pessoa a nomear, um casal na Romeira, junto a Bucelas, propriedade do hospital.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 35

Pergaminho, 337 x 160 mm

 

Doc. 36

1403, setembro, 1, Lisboa, Hospital do Conde D. Pedro – Contrato celebrado entre João Afonso de Óbidos, na qualidade de provedor do Hospital do Conde D. Pedro, Gil Rodrigues, Diogo Domingues, Afonso Eanes, Rodrigo Eanes, João Quevedo e João Aparício, para efetuarem obras de reparação e melhoramentos numa marinha de sal pertencente ao hospital e localizada em A-do-Carvoeiro, por 1050 reais e 3 libras e meia cada um.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 36

Pergaminho, 173 x 302 mm

 

Doc. 37

1404, julho, 7, Lisboa, Paços do Concelho – Martim Bartolomeu e Afonso Esteves “o Moço”, pedreiros, efetuam contrato com João Afonso de Óbidos, na qualidade de provedor do Hospital do Conde D. Pedro, segundo o qual se comprometem, por 3000 libras da moeda corrente, a lavrar e assentar um portal de pedra numa quinta, propriedade do hospital, na Ribeira de Dona Grácia.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 37

Pergaminho, 246 x 215 mm

 

Doc. 38

1411, julho, 9, Lisboa, paço dos tabeliães – Afonso Eanes, tanoeiro, cede a Rui Garcia, moedeiro e seu fiador, metade dos direitos do arrendamento das novidades e foros de uma quinta na Ribeira de Dona Grácia, para que possa ser saldada uma dívida de 50000 libras desse arrendamento, que nem um nem outro podiam pagar integralmente ao Hospital do Conde D. Pedro, proprietário dessa quinta.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 38

Pergaminho, 366 x 228 mm

 

Doc. 39

1422, dezembro, 23, Lisboa, casas do Hospital do Conde D. Pedro – João Afonso de Óbidos, na qualidade de provedor do Hospital do Conde D. Pedro, empraza(?) uma propriedade do hospital a Martim Fortes.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 39

Pergaminho, 311 x 225 mm

 

Doc. 40

1423, março, 16, Lisboa(?), casas de morada de Vasco Martins – João Afonso de Óbidos, na qualidade de provedor do Hospital do Conde D. Pedro, arrenda durante nove anos, por nove quarteiros de pão, uma dúzia de bolos, uma dúzia de queijadas e quatro galinhas anuais, a Martim Mealha um casal de pão situado em Quenena, propriedade do hospital.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 40

Pergaminho, 311 x 225 mm

 

Doc. 41

post. 1403, fevereiro, 16], s.l. – Relação das alfaias agrícolas entregues a Rodrigo Eanes Sintrão quando lhe foi cedida, por João Afonso de Óbidos na qualidade de provedor do Hospital do Conde D. Pedro, a quinta da Ribeira de Dona Grácia, propriedade do hospital.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 41

Pergaminho, 311 x 225 mm

 

Doc. 42

14--, ?, ?], s.l. – Relação de propriedades pertencentes ao Hospital do Conde D. Pedro com a menção dos respetivos foreiros.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 42

Pergaminho, 311 x 225 mm

 

Doc. 43

1426, outubro, 2, s.l. – João Afonso de Óbidos, na qualidade de provedor do Hospital do Conde D. Pedro, arrenda durante nove anos, por três moios e um quarteiro de pão, um par de galinhas e uma dúzia de bolos a João Eanes, morador na Cabra Figa, um casal situado em Trajouce, propriedade do hospital.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 43

Pergaminho, 310 x 220 mm

 

Doc. 44

1427, janeiro, 27, Lisboa, Paços do Concelho – João Afonso de Óbidos, na qualidade de provedor do Hospital do Conde D. Pedro, arrenda durante nove anos por três moios e meio de pão meado, um par de galinhas e uma dúzia de bolos anuais a Estêvão Martins Meadas (?), um casal de pão em Trajouce, propriedade do hospital.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 44

Pergaminho, 310 x 220 mm

 

Doc. 45

1427, janeiro, 28, Lisboa(?), casas de Pedro Lopes – João Afonso de Óbidos, na qualidade de provedor do Hospital do Conde D. Pedro, renova a Martim Bartolomeu, por mais nove anos, o arrendamento de um casal na Rua dos Cães, em Sintra, propriedade do hospital.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 45

Pergaminho, 310 x 220 mm

 

Doc. 46

1427, janeiro, 28, Lisboa, casas de morada de Gomes Eanes – João Afonso de Óbidos, na qualidade de provedor do Hospital do Conde D. Pedro, arrenda por nove anos, por vinte e quatro alqueires de pão (metade trigo e metade cevada) a João Rico, as herdades que o hospital tem em Assamassa, termo de Cascais.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 46

Pergaminho, 220 x 306 mm

 

Doc. 47

1424, março, 24, Lisboa, pousadas de Gomes Eanes – Traslado em pública-forma elaborado pelo tabelião Álvaro Eanes, do emprazamento em três vidas de um casal em Montelavar, propriedade do Hospital do Conde D. Pedro, feito por João Rodrigues na qualidade de provedor do hospital a Afonso Peres, por 45 libras anuais.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 47

Pergaminho, 767 x 273 mm

 

Doc. 48

1432, março, 3, Lisboa, casas de João Afonso de Óbidos – João Afonso de Óbidos, na qualidade de provedor do Hospital do Conde D. Pedro, arrenda a Martim Mealha, por nove anos, por dois moios e um cesteiro de pão meado, dois pares de galinhas, uma dúzia de bolos e uma dúzia de queijadas, um casal de pão localizado em Quenena, propriedade do hospital.

Cota: Livro 1.º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 48

Pergaminho, 200 x 328 mm

 

Doc. 49

1475, abril, 19, Lisboa, Paços do Concelho – Os administradores e governadores do Hospital do Conde D. Pedro emprazam a Afonso Vaz umas casas no adro da Igreja de São Martinho na vila de Sintra. Afonso Vaz devia reparar as ditas casas conforme expresso no documento e devia pagar ao provedor do hospital duzentos e dez reais anuais assim como uma galinha no primeiro dia de Santa Maria de Agosto.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 49

Pergaminho, 315 x 235 mm

 

Doc. 50

1344, janeiro, 6, São Domingos de Rana – Estêvão Fernandes, procurador nomeado pelo conde D. Pedro para esse efeito, faz a entrega ao vigário da Igreja de São Pedro de Sintra da parte que o conde tinha da Ermida de São Domingos de Rana.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 50

Pergaminho, 353 x 370 mm

 

Doc. 51

1344, fevereiro, 22, Lisboa, paço dos tabeliães – Estêvão Fernandes, na qualidade de procurador do conde D. Pedro, arrenda durante dois anos por sete moios e meio de pão, metade trigo e metade cevada, e dois capões, a Vicente Serrão, um casal em Trajouce.

Cota: Livro 1.º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 51

Pergaminho, 600 x 230 mm

 

Doc. 52

1346, março, 17, Lisboa, Paço dos Tabeliães – Estêvão Fernandes, na qualidade de procurador do conde D. Pedro e de sua mulher, Dona Maria Ximenes, afora perpétua e hereditariamente por onze libras e um carneiro anuais a Afonso Eanes “Touro”, sua mulher e sucessores, uma herdade em Almoçageme.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 52

Pergaminho, 280 x 454 mm

 

Doc. 53

post. 1354, outubro, 24], s.l. – Traslado em pública forma elaborado pelo tabelião Lourenço Eanes de um documento de dívida de 149 libras, 5 soldos e 9 dinheiros contraída pelo conde D. Pedro a Vicente Eanes e da carta de quitação da dívida, paga pelos testamenteiros do conde.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 53

Pergaminho, 342 x 253 mm

 

Doc. 54

1479, julho, 12, Lisboa – D. Afonso V regulamenta a forma como devem ser feitos os contratos de aforamento das propriedades do Hospital do Conde D. Pedro.

Cota: Livro 1º do Hospital do Conde D. Pedro, doc. 54

Pergaminho, 314 x 502 mm

 

 

HOSPITAL DE SÃO LÁZARO

Desconhecendo-se a data da sua fundação, a primeira referência ao Hospital de São Lázaro, ou Gafaria de São Lázaro, é de 1220. O hospital terá sido instituído pela Ordem de Malta, destinando-se ao tratamento e assistência a doentes leprosos8. Todavia, o seu edifício foi mandado construir pela Câmara Municipal de Lisboa9, fora das muralhas de D. Fernando, «no Poio de São Lázaro, na encosta que subia da Mouraria para o Campo do Curral, mais tarde Campo de Santana»10.

A partir de 1426, passou a ser administrado pelo município11, a quem competia nomear «as autoridades leigas e eclesiásticas que […] o dirigiam, o provedor, um escrivão e o capelão»12. Em 1459 e 1478, D. Afonso V confirma a direção da Câmara na administração do hospital, que já havia sido atribuída por D. João I13. A sua manutenção fazia-se através dos rendimentos de casas e herdades, com os quais havia sido dotado aquando da sua fundação, mas também por doações de particulares, ganhos relativos aos bens dos leprosos que morriam e a «metade do uso-fruto dos bens dos lázaros vivos»14.

Em 1575, o Hospital de São Lázaro vende um terreno contiguo aos padres da Companhia de Jesus, no qual instalaram o Colégio de Santo Antão-o-Novo. Em 1769, por decreto, D. José I determina a transferência dos doentes do Hospital Real de Todos-os-Santos, que havia sido devastado pelo terramoto, para o colégio, o que viria a verificar-se apenas em 177515.

Em 11 de setembro de 1844, foi agregado ao Hospital de São José passando a acolher a escola de enfermagem e a maternidade Magalhães Coutinho. A partir de 1971, funcionou como serviço de Ortopedia e Traumatologia16. Encerrou em 2012, tendo esse serviço sido transferido para o Hospital Curry Cabral.

 

Doc. 1

1370, fevereiro, 6 a 1370, fevereiro, 12, s.l. – Processo relativo à liquidação das dívidas de Gomes Soares. O documento contém a arrematação feita por Domingos Durães, sacador das dívidas do rei, a mestre Vicente, físico do rei e cónego de Lisboa, de uma quinta em São Lázaro, pertencente a Domingos Soares.

Cota: Livro 1º do Hospital de São Lázaro, doc. 1

Pergaminho, 630 x 450 mm

 

Doc. 2

1370, fevereiro, 12, Lisboa, quinta em São Lázaro – Mestre Vicente, físico do rei e cónego da Sé de Lisboa, toma posse da quinta que arrematara por 2 380 libras e 14 soldos e que tinha pertencido a Gomes Soares.

Cota: Livro 1º do Hospital de São Lázaro, doc. 2

Pergaminho, 630 x 450 mm

 

Doc. 3

1370, março, 13, Lisboa, Sé – Margarida Peres, mulher de Gomes Soares, outorga a posse, por mestre Vicente, físico do rei e cónego da Sé de Lisboa, de uma quinta em São Lázaro que tinha pertencido a seu marido.

Cota: Livro 1º do Hospital de São Lázaro, doc. 3

Pergaminho, 630 x 450 mm

 

Doc. 4

1355, janeiro, 31, Lisboa, ante a porta da Sé – O comendador, capelão e raçoeiros da Casa de São Lázaro emprazam por dois tonéis e meio de vinho anuais a Estêvão Eanes, sua mulher e uma pessoa a nomear, uma quinta em Alvalade, propriedade da Casa de São Lázaro.

Cota: Livro 1º do Hospital de São Lázaro, doc. 4

Pergaminho, 440 x 205 mm

 

Doc. 5

1358, fevereiro, 26, s.l. – O comendador e raçoeiros da Casa de São Lázaro emprazam a Gomes Soares, sua mulher e uma pessoa a nomear, por 50 libras anuais, três parcelas de vinha em Carnide, propriedade da Casa de São Lázaro.

Cota: Livro 1º do Hospital de São Lázaro, doc. 5

Pergaminho, 162 x 234 mm

 

Doc. 6

1437, abril, 5, Lisboa – D. Duarte ordena o levantamento do embargo das rendas das propriedades fundiárias da Casa de São Lázaro de Lisboa.

Cota: Livro 1º do Hospital de São Lázaro, doc. 6

Pergaminho, 214 x 285 mm

 

Doc. 7

1414, outubro, 25, Lisboa – D. João I ordena a Vasco Gonçalves, almoxarife do seu celeiro de Lisboa, que verifique a jurisdição do Hospital de São Lázaro, no sentido de averiguar se o hospital depende, ou não, de jurisdição eclesiástica para que, caso não esteja, seja devolvido o casal dos Lázaros, situado no Reguengo de Oeiras, confiscado por ordem régia.

Cota: Livro 1º do Hospital de São Lázaro, doc. 7

Pergaminho, 210 x 285 mm

 

Doc. 8

1426, junho, 5, Santarém – D. João I ordena a Pedro Eanes Lobato, vedor da Casa do Cível, que não intervenha na gestão do Hospital de São Lázaro.

Cota: Livro 1º do Hospital de São Lázaro, doc. 8

Pergaminho, 300 x 430 mm

 

Doc. 9

1459, junho, 15, Lisboa – D. Afonso V regulamenta a forma como deve ser atribuída a administração da Casa de São Lázaro.

Cota: Livro 1º do Hospital de São Lázaro, doc. 9

Pergaminho, 295 x 505 mm

 

Doc. 10

1478, junho, 15, Montemor-o-Novo – Capítulos especiais de Lisboa apresentados às Cortes de Lisboa de 1478.

Cota: Livro 1º do Hospital de São Lázaro, doc. 10

Pergaminho, 235 x 370 mm

 

Doc. 11

1484, abril, 9 a 1484, abril, 23, s.l. – D. Manuel I regulamenta diversas questões relacionadas com a provedoria do Hospital de São Lázaro, como os ofícios mecânicos e as rendas da carne.

Cota: Livro 1º do Hospital de São Lázaro, doc. 11

Pergaminho, 275 x 210 mm

 

Doc. 12

1487, agosto, 8, s.l. – Alexandre Rodrigues e sua mulher, Isabel Vaz, vendem a Rodrigo Fernandes e sua mulher, Violante do Quintal, diversos bens imóveis situados em Alporche, termo de Lisboa, entre os quais um olival que tinham emprazado do Hospital de São Lázaro.

Cota: Livro 1º do Hospital de São Lázaro, doc. 12

Pergaminho, 515 x 270 mm

 

Doc. 13

1487, agosto, 11, Casa da Mina – Rodrigo Fernandes toma posse dos bens imóveis situados em Alporche, termo de Lisboa, comprados a Alexandre Rodrigues e sua mulher, Isabel Vaz.

Cota: Livro 1º do Hospital de São Lázaro, doc. 13

Pergaminho, 515 x 270 mm

 

Doc. 14

1488, fevereiro, 9, alpendre do Poio de São Lázaro – Os lázaros através do provedor da Casa de São Lázaro, Manuel Pestana, outorgam a venda do emprazamento de um olival que Alexandre Rodrigues e sua mulher, Isabel Vaz, fizeram a Rodrigo Fernandes e sua mulher, Violante do Quintal.

Cota: Livro 1º do Hospital de São Lázaro, doc. 14

Pergaminho, 515 x 270 mm

 

Doc. 15

1506, dezembro, 6, Sobral de Monte Agraço – Gonçalo Anes, hortelão, e sua mulher, Beatriz Gomes, vendem a Francisco Viveiro, fidalgo da casa do rei e vereador do concelho de Lisboa, uma casa que construíram num terreno, propriedade do Hospital de São Lázaro.

Cota: Livro 1º do Hospital de São Lázaro, doc. 15

Pergaminho, 524 x 260 mm

 

Doc. 16

1500, setembro, 7, Lisboa – D. Manuel I informa a vereação lisboeta que deve ter em conta as despesas do Hospital de São Lázaro com o abastecimento de cereais e de vinho.

Cota: Livro 1º do Hospital de São Lázaro, doc. 16

Pergaminho, 300 x 210 mm

 

Doc. 17

1501, maio, 26, Lisboa – Alvará régio onde D. Manuel I proíbe o provedor do Hospital de São Lázaro de reduzir a dotação anual de cereais mas que permite uma diminuição na dotação do vinho.

Cota: Livro 1º do Hospital de São Lázaro, doc. 17

Pergaminho, 285 x 195 mm

 

Doc. 18

1501, junho, 5, Lisboa – Alvará régio a conceder a Afonso Lopes, escudeiro da casa régia e do conselho, 49 alqueires de trigo e 33 de cevada, que já tinha na sua posse.

Cota: Livro 1º do Hospital de São Lázaro, doc. 18

Pergaminho, 285 x 215 mm

 

Doc. 19

1503, janeiro, 28, Lisboa – Alvará régio enviado a Afonso Anes, procurador da Casa de São Lázaro, com um conjunto de normas relativas à administração dessa instituição. Manda que sejam feitos três livros de tombo para registo das rendas, bens e propriedades, um para estar na Torre do Tombo, outro na própria instituição, na arca das escrituras e outro na câmara da cidade, que o regimento seja registado no livro do tombo, determina que os lázaros tenham os foros das galinhas e carneiros, repartidos de igual forma, que informem sobre o rendimento anual das rendas da instituição e manda que sejam feitas novas quinze moradas, cada uma com duas casas para os lázaros dizendo as especificações que devem ter estas novas casas.

Cota: Livro 1º do Hospital de São Lázaro, doc. 19

Pergaminho, 280 x 190 mm

 

Doc. 20

1503, agosto, 25, Xabregas – A rainha solicita aos oficiais da câmara a integração de um gafo na Casa de São Lázaro, com a anuência do rei. O gafo não era natural de Lisboa.

Cota: Livro 1º do Hospital de São Lázaro, doc. 20

Pergaminho, 303 x 220 mm

 

Doc. 21

1510, junho, 7, Almeirim – D. Manuel I toma medidas para solucionar alguns problemas que se faziam sentir na cidade de Lisboa, tais como a escassez de pão e de biscoito, as dívidas da Casa de São Lázaro e a vedoria dos panos.

Cota: Livro 1º do Hospital de São Lázaro, doc. 21

Pergaminho, 300 x 220 mm

 

Doc. 22

1520, abril, 18, Évora – Carta aos oficiais da câmara a informar que Duarte Borges irá dirigir a reforma da Casa de São Lázaro, verificando se os doentes estão a ser bem tratados.

Cota: Livro 1º do Hospital de São Lázaro, doc. 22

Pergaminho, 305 x 205 mm

 

Doc. 23

1520, junho, 22, Évora – Carta a determinar que a vereação de Lisboa verifique se os procuradores dos mesteres podem assumir a direção da Casa de São Lázaro, como já tinham solicitado ao rei, em lugar de Duarte Borges, que o rei tinha anteriormente indicado para essa função.

Cota: Livro 1º do Hospital de São Lázaro, doc. 23

Pergaminho, 305 x 220 mm

 

Doc. 24

1520, junho, 22, Évora – Carta a felicitar os oficiais camarários pela forma como têm conduzido a direção da Casa de São Lázaro, que foi entregue aos procuradores dos mesteres.

Cota:Livro 1º do Hospital de São Lázaro, doc. 24

Pergaminho, 300 x 210 mm

 

 

Hospital de Dona MARIA DE ABOIM

Criado por Dona Maria de Aboim17 – filha de D. João Peres de Aboim18– através do seu testamento lavrado no dia 30 de julho de 1337, o Hospital de Dona Maria Aboim destinava-se a dar abrigo, alimentação, roupa, calçado e uma pensão diária a dez mulheres pobres19. Estas dez mulheres deviam assistir na igreja à missa e rezar pela alma da instituidora do hospital, que as recolhera.

Esta instituição deveria funcionar nas casas de habitação que a fundadora possuía junto das portas de Santo Antão, freguesia de Santa Justa, nas proximidades do Mosteiro de São Domingos, a norte do Paço dos Estaus, encostado no seu lado norte à Torre da Inquisição da muralha fernandina. Na atualidade, a localização seria no quarteirão situado na Praça D. João da Câmara, a norte do Teatro D. Maria II.

Para sustento do hospital, Dona Maria de Aboim atribuiu também um vasto conjunto de propriedades urbanas e rurais. As primeiras situavam-se em Lisboa, na freguesia de São Julião, nas ruas da Corredoura, das Pedras Negras, das Mudas, dos Asteeiros, dos Fornos e no Rossio; em Leiria, na Judiaria; e em Torres Vedras. Quanto às segundas, localizavam-se em redor de Lisboa e nas zonas em torno de Loures, de Sintra, e no termo de Torres Vedras. Os rendimentos do hospital eram aplicados, também, na conservação e manutenção da Capela de Dona Maria de Aboim, na Igreja de São Domingos20.

Dona Maria incumbiu os seus testamenteiros para coordenar todo o processo de criação e, posteriormente, da gestão desta instituição. Porém, após a morte destes, a administração do hospital caberia ao concelho de Lisboa –que por isso receberia uma pensão de 10 libras anuais para cada um dos seus alvazis–, que deveria realizar três visitações anuais ao hospital e escolher o seu provedor, um cargo, em teoria, vitalício. No entanto, esta norma foi muitas vezes esquecida, como se percebe pela nomeação de Martim Gonçalves Runho, por indicação do conde João Afonso Telo, de Lourenço Anes “o Curto”21 e de Martim Lourenço, ambos por “sugestão” de D. João I.

A extinção desta instituição de assistência tem lugar em inícios do século XVI, momento da fundação de um grande hospital em Lisboa, o de Todos-os-Santos. No entanto, a fusão, por iniciativa régia, em 1482, sob a alçada de um só provedor – João Álvares de Portocarreiro –, dos hospitais de Dona Maria de Aboim e do conde D. Pedro anunciava já o fim destas pequenas instituições, em benefício de um novo modelo de assistência hospitalar, sob o controlo direto da Coroa22.

 

Doc. 1

[post. 1337], s.l. – Rol de propriedades pertencentes ao Hospital de Dona Maria de Aboim mencionando os respetivos detentores, rendas e foros. As propriedades situam-se maioritariamente entre Benfica e Torres Vedras.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc.1

Pergaminho, 326 x 151 mm

 

Doc. 2

1337, julho, 30 a 1337, agosto, 24, s.l. – Testamento de Dona Maria de Aboim, elaborado pelo tabelião Estêvão Fernandes, ao qual foram acrescentados dois aditamentos e duas listas de propriedades, uma de bens imóveis consignados no testamento e outra de bens imóveis pertencentes ao Hospital de Dona Maria de Aboim.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 2

Pergaminho, 660 x 490 mm

 

Doc. 3

1337, agosto, 19, s.l. a 1368 outubro 10, Lisboa – O alvazil, o procurador do concelho de Lisboa e o provedor do Hospital de Dona Maria de Aboim emprazam por 65 libras anuais a Vasco Martins da Cunha, a Gil Vasques de Resende e às mulheres de ambos e a uma terceira pessoa que cada casal nomeasse, a quinta de Randide, pertencente ao Hospital de Dona Maria de Aboim.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 3

Pergaminho, 370 x 286 mm

 

Doc. 4

1373 novembro 9, Leiria – Abraão Judeu, procurador do provedor do Hospital de Dona Maria de Aboim, toma posse de umas casas na judiaria de Leiria, propriedade desse hospital.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 4

Pergaminho, 333 x 172 mm

 

Doc. 5

1389, outubro, 11, Lisboa, a par da Igreja de São João da Praça – Lourenço Eanes “o Curto”, na qualidade de provedor do Hospital de Dona Maria de Aboim, empraza em 3 vidas, por 60 libras e um par de capões anuais, a Vasco Eanes e a Madalena Lourenço, sua mulher e a uma terceira pessoa, uma quinta na Enxara dos Cavaleiros, propriedade do hospital.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 5

Pergaminho, 518 x 227 mm

 

Doc. 6

1390, junho, 06, Lisboa, ante a porta principal da Sé e Paços do Concelho – Gonçalo Esteves, procurador do concelho de Lisboa, autoriza Lourenço Eanes “o Curto”, provedor do Hospital de Dona Maria de Aboim, a emprazar a João Bernardes e a Maria Eanes, sua mulher e a uma terceira pessoa, a quinta na Enxara dos Cavaleiros, junto a Frielas. Ao documento foi acrescentada a procuração passada por João Bernardes e sua mulher ao tabelião de Lisboa, Gomes Lourenço, para que pudesse tomar posse dessa propriedade. Foi ainda acrescentado o emprazamento em três vidas, feito por Lourenço Eanes “o Curto”, provedor do Hospital de Dona Maria de Aboim, a João Bernardes, sua mulher e uma terceira pessoa, por 45 libras e dez soldos e um par de frangos anuais, da quinta dos Cavaleiros, junto a Frielas, propriedade do hospital.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 6

Pergaminho, 380 x 283 mm

 

Doc. 7

1391, outubro, 12, Lisboa, ante a porta da Sé – Cristóvão Eanes, vigário do bispo de Lisboa, considera nulo o emprazamento feito a Fernando Martins, raçoeiro da Igreja de São Julião de um pardieiro na Rua das Esteiras, em Lisboa, propriedade do Hospital de Dona Maria de Aboim.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 7

Pergaminho, 380 x 283 mm

 

Doc. 8

1392, fevereiro, 16, Torres Vedras, casas de João Afonso – João Afonso, procurador do provedor do Hospital de Dona Maria de Aboim empraza em 3 vidas, por 10 libras anuais, a Álvaro Esteves e Maria Eanes, sua mulher e uma terceira pessoa, diversas propriedades do hospital situadas no Turcifal.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 8

Pergaminho, 380 x 283 mm

 

Doc. 9

1383, junho, 03 a 1383, agosto, 21, Lisboa, casas do Hospital de Dona Maria de Aboim – Martim Gonçalves Runho, provedor do Hospital de Dona Maria de Aboim empraza por 10 libras anuais a João Rodrigues, à sua mulher e uma terceira pessoa por eles nomeada, umas casas, sótão e sobrado na Rua da Corredoura, em Lisboa, propriedade desse hospital. O documento traslada os seguintes diplomas: O alvazil Afonso Domingues e Silvestre Afonso, procurador do concelho de Lisboa, por renúncia de Pedro Esteves do Hospital e por indicação do conde de Barcelos, nomeiam Martim Gonçalves Runho como provedor do Hospital de Dona Maria de Aboim e entregam-lhe uma procuração onde estipulam os seus poderes. À procuração foi acrescentada a sua outorga pelo alvazil geral Geraldo Martins; e outro diploma onde Geraldo Martins, alvazil geral de Lisboa, outorga a procuração entregue a Martim Gonçalves Runho, novo provedor do Hospital de Dona Maria de Aboim.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 9

Pergaminho, 590 x 230 mm

 

Doc. 10

1386, janeiro, 07, Lisboa, casas de morada de Lourenço Afonso – Maria Eanes, viúva de João Rodrigues Pateiro, nomeia Lourenço Afonso, pedreiro, como terceira pessoa no emprazamento em 3 vidas que tinha de umas casas com sótãos e sobrados localizadas em Lisboa e pertencentes ao Hospital de Dona Maria de Aboim, junto da Porta de Santo Antão, devendo Lourenço Afonso pagar 10 libras anuais.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 10

Pergaminho, 215 x 231 mm

 

Doc. 11

1416, janeiro, 24, Lisboa, casas onde morava Maria Eanes – Lourenço Afonso, testamenteiro de Maria Eanes, viúva de João Rodrigues Pateiro, toma posse, na qualidade de terceira pessoa no emprazamento de umas casas que Maria Eanes tinha emprazadas, pertencentes ao Hospital de Dona Maria de Aboim, situadas em Lisboa, às Portas de Santo Antão.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 11

Pergaminho, 215 x 231 mm

 

Doc. 12

1388, maio, 02, Lisboa – João Martins, juiz, perdoa a Lourenço Eanes de Talaíde a renda relativa aos anos de 1384 e 1385, que devia ao Hospital de Dona Maria de Aboim, de um casal em Talaíde, devido a não ter obtido quaisquer proventos devido à guerra com Castela.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 12

Pergaminho, 288 x 206 mm

 

Doc. 13

1386, novembro, 11, Lisboa, Hospital de Dona Maria de Aboim – Martim Gonçalves, na qualidade de provedor do Hospital de Dona Maria de Aboim, João Martins, alvazil do cível, e Gonçalo Vasques Carregueiro, procurador do concelho, reduzem a Lourenço Martins, durante quatro anos, de 90 para 60 libras, a renda que devia pagar por um casal situado em Talaíde, propriedade do hospital e emprestam-lhe 150 libras para que o possa melhorar em virtude de se encontrar depauperado pela guerra com Castela.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 13

Pergaminho, 300 x 290 mm

 

Doc. 14

1386, dezembro, 07, Lisboa, pousadas de Martim Gonçalves Runho – Martim Gonçalves Runho, na qualidade de provedor do Hospital de Dona Maria de Aboim, empraza a João Vasques, a Maria Martins, sua mulher e a uma terceira pessoa, por 8 libras anuais, uma casa térrea em Lisboa, propriedade do Hospital de Dona Maria de Aboim.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 14

Pergaminho, 355 x 187 mm

 

Doc. 15

1393, junho, 29, Lisboa – Lourenço Eanes “o Curto”, na qualidade de provedor do Hospital de Dona Maria de Aboim, empraza em 3 vidas, por 60 libras e um carneiro anuais, a Estêvão Peres e duas pessoas, um casal em Bolelas, termo de Sintra.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 15

Pergaminho, 374 x 247 mm

 

Doc. 16

1393, junho, 02, Lisboa, ante os Paços do Concelho, a 1393, junho, 25, Lisboa, sala de audiência – Lourenço Eanes, na qualidade de provedor do Hospital de Dona Maria de Aboim, empraza em 3 vidas, por 50 libras anuais, a Martim Eanes da Ribeira, a Margarida Domingues, sua mulher e a uma terceira pessoa, um casal de herdades de pão na Codeceira, termo de Sintra. Ao contrato foi acrescentada a sua ratificação, feita pelo substituto do juiz do cível e pelo procurador do concelho.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 16

Pergaminho, 345 x 261 mm

 

Doc. 17

1393, junho, 02, Lisboa, ante os Paços do Concelho, a 1393, junho, 25, Lisboa, sala de audiência – Lourenço Eanes, na qualidade de provedor do Hospital de Dona Maria de Aboim, empraza em 3 vidas, por 50 libras anuais, a Martim Eanes da Ribeira, a Margarida Domingues, sua mulher e a uma terceira pessoa, um casal de herdades de pão na Codeceira, termo de Sintra. Ao contrato foi acrescentada a sua ratificação, feita pelo substituto do juiz do cível e pelo procurador do concelho.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 17

Pergaminho, 280 x 258 mm

 

Doc. 18

1393, junho, 02, Lisboa, ante a porta dos Paços do Concelho a 1393, junho, 25, Lisboa, sala de audiência – Lourenço Eanes, na qualidade de provedor do Hospital de Dona Maria de Aboim, empraza em 3 vidas, por 40 libras anuais, a João Esteves Valdovino, a Catarina Lourenço, sua mulher, e a uma terceira pessoa, um casal de herdades de pão em Bolelas, termo de Sintra. Ao contrato foi acrescentada a sua ratificação pelo substituto do juiz do cível e pelo procurador do concelho de Lisboa.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 18

Pergaminho, 272 x 281 mm

 

Doc. 19

1402, maio, 01, s.l. – Lourenço Eanes, na qualidade de provedor do Hospital de Dona Maria de Aboim, empraza numa vida, por 200 libras anuais e um carneiro, a Afonso Tomás, as herdades que o hospital tem em Maceira.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 19

Pergaminho, 200 x 228 mm

 

Doc. 20

1406, março, 31, s.l. – Lourenço Eanes, provedor do Hospital de Dona Maria de Aboim, João Afonso Filipe, juiz do cível, e João Esteves, procurador do concelho de Lisboa, renovam o emprazamento em três vidas, por 36 libras anuais, feito a João Domingues Muacho, morador em Leiria, a Maria Domingues, sua mulher e a uma terceira pessoa, de umas casas na judiaria de Leiria.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 20

Pergaminho, 475 x 220 mm

 

Doc. 21

1407, janeiro, 24 a 1407, janeiro, 25, Lisboa – Martim Lourenço, na qualidade de provedor do Hospital de Dona Maria de Aboim, empraza em três vidas, por 15 libras e um par de frangos, a João Álvares, a Leonor Martins, sua mulher e a uma terceira pessoa umas casas localizadas em Lisboa, junto do hospital. Ao documento foi acrescentada a posse das casas dada a João Álvares pelo provedor do hospital.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 21

Pergaminho, 421 x 330 mm

 

Doc. 22

1389, setembro, 09 a 1402, setembro, 04, s.l. – Lourenço Eanes, na qualidade de provedor do Hospital de Dona Maria de Aboim, empraza em três vidas, por 4 libras anuais e um par de frangos, a Gonçalo Gil, sua mulher, Constança Peres e uma terceira pessoa, um pardeeiro em Lisboa.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 22

Pergaminho, 615 x 295 mm

 

Doc. 23

1409, março, 01, s.l. – Álvaro Gonçalves Maio e Palamades Vasques, juizes do cível, Diogo Rodrigues, procurador da cidade e Pedro Vasques, provedor do Hospital de Dona Maria de Aboim, baixam para 1 200 reais brancos a renda paga por Luís Martins e Catarina Gonçalves, sua mulher, pelo emprazamento em 3 vidas que têm de diversas propriedades do hospital na zona de Torres Vedras e do Turcifal, por se considerar que a anterior renda era muito alta.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 23

Pergaminho, 700 x 300 mm

 

Doc. 24

1406, julho, 18, Lisboa a 1409, março, 06, Lisboa, Paço dos Tabeliães – Martim Lourenço, na qualidade de provedor do Hospital de Dona Maria de Aboim, empraza em 3 vidas, por 40 libras anuais, a Pedro Esteves e duas pessoas, uma casa que este deve edificar sobre a propriedade do hospital, em Lisboa.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 24

Pergaminho, 427 x 342 mm

 

Docs. 25 e 26

1409, junho, 03, Lisboa, Paço dos Tabeliães a 1409, Setembro, 14, Vale de Mogo – Martim Lourenço, na qualidade de provedor do Hospital de Dona Maria de Aboim, empraza em 3 vidas, por 5 libras, a Bartolomeu Domingues e sua mulher, Leonor Gonçalves, uma vinha com herdade em Vale de Mogo, Camarate. Contém a tomada de posse por Bartolomeu Domingues de uma vinha com herdades situada em Vale de Mogo, propriedades do Hospital de Dona Maria de Aboim.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 25

Pergaminho, 403 x 275 mm

 

Doc. 27

1410, janeiro, 15, Lisboa, Paço dos Tabeliães – Avença e composição entre Martim Lourenço, na qualidade de provedor do Hospital de Dona Maria de Aboim, e João Peres, sobre uma quinta e casas que este trazia emprazadas do hospital e que se encontravam danificadas na quinta da Enxara de Cavaleiros.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 27

Pergaminho, 203 x 315 mm

 

Doc. 28

1411, janeiro, 08, Lisboa, Paço dos Tabeliães – Martim Lourenço, na qualidade de provedor do Hospital de Dona Maria de Aboim, empraza em 3 vidas a Aires Afonso de Frielas e outras duas pessoas a nomear, por 36 libras e um par de galinhas, um casal de herdade de pão e de vinho no Pinheiro de Loures.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 28

Pergaminho, 392 x 246 mm

 

Doc. 29

1421, março, 09, s.l. – Martim Lourenço, na qualidade de provedor do Hospital de Dona Maria de Aboim, empraza em três vidas, por 30 libras anuais e um par de galinhas, a João Afonso, a Margarida Eanes, sua mulher, e a uma terceira pessoa, casas, vinhas e horta com laranjeiras, no Pinheiro de Loures, propriedade do Hospital de Dona Maria de Aboim.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 29

Pergaminho, 660 x 280 mm

 

Doc. 30

1421, março, 21, Lisboa, Paço dos tabeliães – Martim Lourenço, na qualidade de provedor do Hospital de Dona Maria de Aboim, empraza em três vidas, por 1000 libras, a João Esteves Carneiro e a duas pessoas, o casal de Sarrabodes, em Bolelas, termo de Sintra.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 30

Pergaminho, 452 x 268 mm

 

Doc. 31

1415, janeiro, 29, Lisboa, Paço dos Tabeliães – Martim Lourenço, na qualidade de provedor do Hospital de Dona Maria de Aboim, arrenda durante 15 anos, por 2300 libras anuais e um carneiro, a André Eanes, um casal de herdades de pão em Bolelas, termo de Sintra.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 31

Pergaminho, 257 x 220 mm

 

Doc. 32

1419, junho, 14, Lisboa, Paço dos Tabeliães – Martim Lourenço, na qualidade de provedor do Hospital de Dona Maria de Aboim, baixa para 9200 libras, a renda que André Eanes devia pagar anualmente por um casal do Hospital de Dona Maria de Aboim situado em Bolelas, termo de Sintra.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 32

Pergaminho, 225 x 346 mm

 

Doc. 33

1417, abril, 01, Sintra, na praça – Avença e composição entre Martim Lourenço, na qualidade de provedor do Hospital de Dona Maria de Aboim, e Martim Lourenço, filho de Pedro de Alcalombal, sobre umas propriedades do hospital que se encontravam danificadas.

Cota: Livro 1.º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 33

Pergaminho, 252 x 205 mm

 

Doc. 34

1422, maio, 14, s.l. – Martim Lourenço, na qualidade de provedor do Hospital de Dona Maria de Aboim, empraza em três vidas, pela quarta parte do que ali se produzir, a Estêvão Martins e a duas pessoas, uma quinta situada na Lobagueira, termo de Torres Vedras. Ao contrato foi acrescentada a sua ratificação, feita pelo corregedor, juiz do cível e procurador da cidade de Lisboa.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 34

Pergaminho, 640 x 245 mm

 

Doc. 35

1422, dezembro, 12, Lisboa, Paço dos Tabeliães – Martim Lourenço, na qualidade de provedor do Hospital de D. Maria de Aboim, empraza em três vidas, por 6 libras anuais, a João Vicente e duas pessoas, um pardeeiro em Lisboa, propriedade do hospital.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 35

Pergaminho, 405 x 286 mm

 

Doc. 36

1428, abril, 27, Lisboa, câmara da vereação, Casa dos Contos – Mendo Rodrigues, juiz do cível, Fernando Peres, procurador da cidade, e Martim Lourenço, na qualidade de provedor do Hospital de Dona Maria de Aboim, arrendam por nove anos, por 600 reais brancos anuais, a Fernando Afonso, os direitos, rendas e foros que deviam receber de Estêvão Martins e de seu filho, Lourenço Esteves, relativos a uma quinta que o hospital tem em Lobagueira, termo de Torres Vedras.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 36

Pergaminho, 204 x 443 mm

 

Doc. 37

1433, agosto, 25, Lisboa, Paço dos Tabeliães – João Esteves Carneiro renuncia em favor de Domingos Olhalvo ao emprazamento que tinha de um casal em Fernão Viegas, termo de Sintra, propriedade do Hospital de Dona Maria de Aboim, comprometendo-se a cumprir as mesmas condições que o anterior foreiro.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 37

Pergaminho, 155 x 287 mm

 

Doc. 38

1435, março, 31, Lisboa, câmara da vereação – Martim Lourenço, provedor do Hospital de Dona Maria de Aboim, Tristão Vasques e Vicente Egas, juizes do cível, e João Gomes, procurador da cidade, emprazam a Gomes Eanes, almocreve, a Constança Afonso, sua mulher e a uma terceira pessoa, por 32 libras anuais, umas casas propriedade desse hospital.

Cota: Livro 1.º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 38

Pergaminho, 222 x 523 mm

 

Doc. 39

1435, setembro, 15, Lisboa, à porta do Hospital de Dona Maria de Aboim – João Eanes e Luís Eanes, juízes do cível, e Diogo Álvares, procurador da cidade, emprazam em mais duas vidas, por forma a prefazer três vidas, por mais outras 10 libras, uma casa em Lisboa, propriedade do Hospital de Dona Maria de Aboim.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 39

Pergaminho, 345 x 278 mm

 

Doc. 40

1436, julho, 03, s.l. – D. Duarte emite sentença favorável ao Hospital de Dona Maria de Aboim numa contenda que mantinha com Gonçalo Antão a propósito da falta de pagamento da renda de uma casa, propriedade do hospital.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 40

Pergaminho, 310 x 522 mm

 

Doc. 41

1401, abril, 22, s.l. – D. João I destitui por incompetência Lourenço Eanes “o Curto”, do lugar de provedor do Hospital de Dona Maria de Aboim e autoriza o concelho de Lisboa a nomear um novo provedor. O rei compromete-se ainda a liquidar qualquer dívida que Lourenço Eanes tivesse contraído durante o exercício desse cargo.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 41

Pergaminho, 210 x 242 mm

 

Doc. 42

1436, outubro, 09, s.l. – Afonso Eanes de Santa Marinha e Fernando de Gralhas, juízes do cível, e Diogo Álvares, procurador da cidade, emprazam em mais duas vidas a Gil Eanes “da Abelheira”, o Casal de São Marcos, no termo de Sintra, propriedade do Hospital de Dona Maria de Aboim, aumentando a renda anual de 80 para 143 reais brancos.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 42

Pergaminho, 245 x 528 mm

 

Doc. 43

1437, fevereiro, 18, s.l. – Afonso Eanes de Santa Marinha e Fernando de Gralhas, juízes do cível de Lisboa, aforam perpétua e hereditariamente a Diogo Gonçalves e seus sucessores umas casas em Lisboa, ao Poço do Chão, propriedade do Hospital de Dona Maria de Aboim, por vinte libras anuais e sob determinadas condições.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 43

Pergaminho, 325 x 281 mm

 

Doc. 44

1437, agosto, 06, s.l. – D. Duarte emite sentença relativa a dois casos de cobrança de rendas que envolviam, de um lado João Domingues da Rosa, foreiro do Hospital de Dona Maria Aboim, e, por outro, Martim Lourenço, provedor deste hospital.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 44

Pergaminho, 452 x 550 mm

 

Doc. 45

1439, abril, 06, Lisboa, casa de Huel Xira – Huel Xira e Pedro de Barcelos, juízes do cível, João Gonçalves, procurador do concelho, e Martim Lourenço, provedor do Hospital de Dona Maria de Aboim, emprazam a Afonso Peres e à sua mulher, Leonor Afonso e a uma terceira pessoa por eles nomeada, uma casa, constituída por loja e sobrado, em Lisboa na Corredoura, por 21 libras anuais.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 45

Pergaminho, 315 x 347 mm

 

Doc. 46

1439, abril, 07, s.l. – Huel Xira e Pedro de Barcelos, juízes do cível, João Gonçalves, procurador do concelho, e Martim Lourenço, provedor do Hospital de Dona Maria de Aboim, emprazam a Gonçalo Anes, portageiro e à sua mulher, Branca Peres e a uma terceira pessoa por eles nomeada, uma casa, constituída por sótão e sobrado, em Lisboa na Corredoura, por 20 libras anuais.

Cota: Livro 1.º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 46

Pergaminho, 335 x 338 mm

 

Doc. 47

1440, agosto, 19, s.l. – Vicente Egas e Álvaro Borges, juízes do cível, João Vasques de Matos, procurador do concelho, e Martim Lourenço, provedor do Hospital de Dona Maria de Aboim, emprazam a Gonçalo Anes Barrada, a sua mulher, Catarina Afonso, e a uma terceira pessoa por eles nomeada, umas casas com o seu conchouso, pomar, poço, figueiras, vinhas e herdades, situadas junto da ponte de Frielas, por 16 libras e um quarto anuais.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 47

Pergaminho, 310 x 330 mm

 

Doc. 48

1442, setembro, 11, Lisboa – João Álvares, corretor, desiste das casas que tinha emprazadas do Hospital de D. Maria de Aboim, fazendo entrega das mesmas ao provedor do hospital, Martim Lourenço.

Cota: Livro 1º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 48

Pergaminho, 276 x 244 mm

 

Doc. 49

1446, janeiro, 25, s.l. – Martim Lourenço, provedor do Hospital de Dona Maria de Aboim, arrenda por 10 anos, a Martim Anes, morador em Bolelas, no termo de Sintra, um casal de pão situado em Bolelas, por 450 reais brancos, uma dúzia de bolos, dúzia e meia de queijadas e um carneiro anuais.

Cota: Livro 1.º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 49

Pergaminho, 215 x 340 mm

 

Doc. 50

1454, fevereiro, 09 a 1454, fevereiro, 22, s.l. – Luís Fogaça e o bacharel Rui Dias do Pau, juízes do cível, e Pedro Vasques, provedor do Hospital de Dona Maria de Aboim, emprazam a Lopo Dias, escudeiro e criado do arcebispo de Lisboa e à sua mulher, Leonor Anes e a uma terceira pessoa por eles nomeada, duas casas térreas situadas junto das Portas de Santo Antão, por 400 reais brancos e um par de frangos anuais. O contrato foi outorgado no dia 22 de fevereiro pelo procurador do concelho.

Cota: Livro 1.º do Hospital de Dona Maria de Aboim, doc. 50

Pergaminho, 400 x 350 mm

 

NOTAS

1FERRO, M. J. Pimenta – Nótulas para o estuda da assistência hospitalar aos pobres, em Lisboa: os hospitais de Dona Maria de Aboim e do Conde D. Pedro. In JORNADAS LUSO-ESPANHOLAS DE HISTÓRIA MEDIEVAL, 1ª, Lisboa, 1972 – A pobreza e a assistência aos pobres na Península Ibérica durante a Idade Média: actas. Lisboa: Instituto de Alta Cultura, 1973. Em PEREIRA, Paulo, dir. - Catálogo dos 500 anos do Hospital Real de Todos-os-Santos: séculos XV a XVIII. Lisboa: Câmara Municipal, 1993. p. 51. apontam, como datas de fundação «entre 1325 e 1327»,

2OLIVEIRA, António Resende de – O genealogista e as suas linhagens: D.Pedro, conde de Barcelos. e-Spania [Em linha]. 11(juin 2011). [Consult. 07.11.2017]. Disponível na Internet: http://e-spania.revues.org/20374.

3SOUSA, Antonio Caetano de Sousa – Historia genealogica da Casa Real Portugueza [Em linha]. Lisboa Occidental: Officina de Joseph Antonio da Sylva, 1735. tomo I. p. 261. [Consult. 24.10.2017]. Disponível na Internet: https://books.google.pt/books?id=JwdYAAAAcAAJ&pg=PA261&dq=Hospital+do+Conde+D.+Pedro,+Lisboa&hl=pt-PT&sa=X&ved=0ahUKEwjRmvzVnInXAhXOLlAKHc_UBu0Q6AEIRTAG#v=onepage&q=Hospital%20do%20Conde%20D.%20Pedro%2C%20Lisboa&f=false.

4CORREIA, Fernando da Silva – Os velhos hospitais da Lisboa antiga. Revista Municipal. Ano II N.º 10 (4.º trimestre de 1941), p. 3-13.

5Pelos inícios de1351, foi nomeado o vedor do conde D. Pedro, Pedro Esteves como provedor do hospital. As despesas eram suportadas pelos bens deixados por DonaTeresa e por alguns bens do próprio conde, nomeadamente os que detinha em Torres Vedras e no seu termo, doados ao hospital no ano seguinte. OLIVEIRA, António Resende de, op. cit.

6Arquivo Municipal de Lisboa (AML). Livro 1.º do Hospital do Conde D. Pedro. FERRO, M. J. Pimenta Ferro, op. cit., menciona Álvaro do Couto como provedor em 1479.

7De 13 de agosto de 1479. Cf. PAIVA, José Pedro, coord. – Portugalie Monumenta Misericordiarum: antes da Fundação das Misericórdias. Lisboa: União das Misericórdias Portuguesas, 2003. vol. 2. p. 51. D. João II recebeu, também, do papa Inocêncio VIII, a Bula Iniunctum nobis, de 21 de fevereiro de 1486, a faculdade de unir os hospitais de pobres e de meninos abandonados de cada uma das cidades do reino ao maior hospital de cada localidade. Cf. Idem. p. 54.

8BOTELHO, Luís Silveira – Hospitais civis. In SANTANA, Francisco; SUCENA, Eduardo, dir. – Dicionário da História de Lisboa. Lisboa: Carlos Quintas & Associados, 1994. p. 441. São escassos os documentos que atestam a antiguidade do hospital. Com referência directa a São Lázaro Rita Nóvoa salienta o testamento de Ousenda Leonardes, datado de 1325. NÓVOA, Rita Luís Sampaio da – A casa de S. Lázaro de Lisboa: contributo para uma história das atitudes face à doença: sécs. XIV-XV. Lisboa: [s.n.], 2010. Dissertação de Mestrado em História Medieval, apresentada à Universidade Nova de Lisboa. p. 76-77.

9RODRIGUES, Maria Teresa Campos – Aspectos da administração municipal de Lisboa no século XV. Revista Municipal. Lisboa: Imprensa Municipal.
Nº 101-109 (1968), p. 126. Separata.

10CORREIA, Fernando da Silva – Os velhos hospitais da Lisboa antiga. Revista Municipal. Ano II N.º 10 (4.º trimestre de 1941), p. 12.

11ANTT – Hospital de São Lázaro [Em linha]. [Consult. 03/11/2017]. Disponível em: http://digitarq.arquivos.pt/DetailsForm.aspx?id=4509916.

12RODRIGUES, Maria Teresa Campos, op. cit., p. 126-127.

13AML, Livro 1º do Hospital de São Lázaro, docs. 9 e 10.

14RODRIGUES, Maria Teresa Campos, op. cit.,. p. 126-127.

15PEREIRA, Paulo, dir. – Catálogo dos 500 anos do Hospital Real de Todos-os-Santos: séculos XV a XVIII. Lisboa: Câmara Municipal, 1993. p. 7.

16BOTELHO, Luís Silveira – Hospitais civis. In SANTANA, Francisco; SUCENA, Eduardo, dir. – Dicionário da História de Lisboa. Lisboa: Carlos Quintas & Associados, 1994. p. 441.

17Foi casada com o fidalgo espanhol D. João Fernandes de Límia; já viúva desde 1316, sem descendência, lavrou o seu testamento em Lisboa, a 30 de julho de 1337 (1375 na era de Cristo), no qual deixou fundado um hospital, falecendo nesse mesmo ano.

18Mordomo-mor do rei D. Afonso III.

19CORREIA, Fernando da Silva – Os velhos hospitais de Lisboa antiga. Revista Municipal. Lisboa: Câmara Municipal. N.º 10 (1941), p. 10.

20RODRIGUES, Maria Teresa Campos – Aspectos da administração municipal de Lisboa no século XV. Revista Municipal. Lisboa: Imprensa Municipal. Nº 101-109 (1968), p. 130-132. Separata.

21Foi exonerado pelo rei em 1439, a pedido da câmara, por incompetência e falta de zelo. CARVALHO, Augusto da Silva – Crónica do Hospital de Todos-os-Santos. Lisboa: [s.n.], 1992. p. 285-286.

22CORREIA, Fernando da Silva – Os velhos hospitais de Lisboa antiga. Revista Municipal. Lisboa: Câmara Municipal. Nº 10 (1941), p. 11.

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