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Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

versão impressa ISSN 2182-5173

Rev Port Med Geral Fam vol.36 no.1 Lisboa fev. 2020

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v36i1.12533 

REVISÕES

Suplementação oral de magnésio na prevenção de cãibras musculares: revisão baseada na evidência

Oral magnesium supplementation in muscle cramp prevention: evidence-based review

Cátia Palha,1
https://orcid.org/0000-0002-3194-8756

Miguel Gouveia,2

Sara Guimarães Fernandes2

1 Médica Interna de Medicina Geral e Familiar. USF Camélias, ACeS Gaia.

2 Médico Interno de Medicina Geral e Familiar. USF Nova Via, ACeS Espinho/Gaia.

Endereço para correspondência | Dirección para correspondencia | Correspondence


 

RESUMO

Objetivo: Rever a evidência sobre a eficácia da suplementação oral de magnésio na prevenção de cãibras musculares, sem patologia evidente associada, em indivíduos adultos.

Fontes de dados: National Guideline Clearinghouse, Canadian Medical Association Practice Guidelines Infobase, Guidelines Finder, The Cochrane Library, DARE, Bandolier, Evidence-Based Medicine Online e PubMed.

Métodos: Pesquisa realizada no dia 4 de julho de 2018 com os termos MeSH muscle cramp, magnesium e magnesium compounds de meta-análises, revisões sistemáticas, ensaios clínicos aleatorizados e controlados (ECAC), estudos de coorte e caso-controlo e normas de orientação clínica publicados desde 1 de janeiro de 2008 nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola. Para atribuir níveis de evidência (NE) e forças de recomendação foi utilizada a Strength of Recommendation Taxonomy (SORT), da American Academy of Family Physicians.

Resultados: Dos 47 artigos encontrados, cinco cumpriram os critérios de inclusão: uma meta-análise (NE 2), três revisões sistemáticas (NE 2) e um ECAC (NE 2). Não foram identificados estudos relativos a cãibras associadas ao exercício. Os estudos são consensuais na aparente ausência de eficácia do magnésio na prevenção de cãibras idiopáticas. Quanto às cãibras associadas à gravidez, a evidência é inconsistente. Contudo, o uso de amostras pequenas, períodos de follow-up curtos e a heterogeneidade das metodologias (população, tipo de suplemento, posologia, outcomes) comprometem a extrapolação e reduzem a força das conclusões obtidas.

Conclusão: Perante a evidência encontrada, a suplementação oral de magnésio na população geral parece não ser eficaz na prevenção de cãibras idiopáticas (SORT B), não havendo evidência que suporte a sua prescrição por rotina na prática clínica. Nas cãibras associadas à gravidez a evidência da suplementação oral de magnésio não é clara (SORT B). Para obter conclusões mais robustas são necessários ECAC de melhor qualidade e com metodologias mais homogéneas.

Palavras-chave: Cãibra; Magnésio; Compostos de magnésio.


 

ABSTRACT

Aim: Evidence review on the efficacy of oral magnesium supplementation in the prevention of muscle cramps without associated pathology, in adults.

Data sources: National Guideline Clearinghouse, Canadian Medical Association Practice Guidelines Infobase, Guidelines Finder, The Cochrane Library, DARE, Bandolier, Evidence-Based Medicine Online, and PubMed.

Methods: On 4th July 2018, using the MeSH terms ‘Muscle Cramp’, ‘Magnesium’ and ‘Magnesium Compounds’, we searched for meta-analyses, systematic reviews, randomized controlled trials (RCT), observational studies and clinical guidelines published in Portuguese, Spanish, and English. To assign levels of evidence (LE) and strength of recommendations, the Strength of Recommendation Taxonomy (SORT) scale of the American Academy of Family Physicians was used.

Results: We found 47 articles, of which five met the inclusion criteria: one meta-analysis (LE 2), three systematic reviews (LE 2) and one RCT (LE 2). No studies related to exercise-associated cramps were found. Studies are consensual in the apparent lack of efficacy of the magnesium in the prevention of idiopathic muscle cramps. As for the pregnancy-associated cramps, the evidence is inconsistent. However, the use of small samples, short follow-up periods and the heterogeneity of methodologies (population, supplement type, posology, and outcomes) compromise the extrapolation and reduce the strength of the conclusions obtained.

Conclusion: According to the evidence found, oral magnesium supplementation in the general population seems to be ineffective in preventing idiopathic muscle cramps (SORT B), therefore, with no evidence to support its routine prescription in clinical practice. In pregnancy-associated cramps, the evidence of oral magnesium supplementation is unclear (SORT B). To achieve more robust conclusions, higher quality RCT is needed, with more homogeneous methodologies.

Keywords: Muscle cramp; Magnesium; Magnesium compounds.


 

Introdução

As cãibras musculares são contraturas musculares súbitas, dolorosas, palpáveis e involuntárias que podem durar segundos a minutos1, afetando normalmente os músculos gastrocnémios2.

Podem ser classificadas em três entidades: idiopáticas, incluindo cãibras noturnas nas pernas; parafisiológicas, associadas à gravidez ou induzidas pelo exercício; e sintomáticas, relacionadas com fatores etiológicos como medicação ou doenças3.

De acordo com estudos europeus, as cãibras atingem 37-60% da população4-7, tendo uma prevalência ainda superior em indivíduos mais velhos5. Foi descrita uma maior frequência dos sintomas durante a noite (73%), sendo os músculos mais afetados os da perna (83%)5. Quando frequentes, as cãibras podem causar um sofrimento significativo e perturbação do sono.8-9

As cãibras musculares podem ocorrer em vários contextos. São frequentemente observadas em indivíduos mais velhos e grávidas (em particular no terceiro trimestre), nos quais costumam ocorrer em repouso1,e também durante ou logo após exercício físico intenso10.

Podem ainda estar associadas a doenças do neurónio motor (e.g., esclerose lateral amiotrófica), insuficiência renal ou hepática, hipomagnesemia, hipocalcemia, hipotiroidismo, medicação (e.g., diuréticos, beta-agonistas) e hemodiálise1,11.

Uma vez que a deficiência de magnésio foi associada a excitabilidade neuronal e a um incremento da transmissão neuromuscular e a sua reposição se provou eficaz no tratamento de convulsões no contexto de eclâmpsia, foi equacionado um potencial benefício da sua suplementação nas cãibras musculares12. Neste sentido, estão disponíveis vários suplementos de venda livre que consistem em sais de magnésio combinados com citrato, lactato, gluconato, malato, orotato, cloreto, óxido, carbonato, hidróxido, sulfato ou combinações destes aniões, estando disponíveis sob a forma de comprimido, suspensão líquida ou pó1.

Contudo, embora estes suplementos de magnésio sejam ativamente comercializados na Europa8, permanecem dúvidas quanto à sua eficácia. Assim sendo, com este estudo pretendemos rever a evidência sobre a eficácia da suplementação oral de magnésio na prevenção de cãibras musculares em indivíduos adultos.

Métodos

Foi realizada uma pesquisa no dia 4 de julho de 2018 nas bases de dados National Guideline Clearinghouse, Canadian Medical Association Practice Guidelines Infobase, Guidelines Finder, The Cochrane Library, DARE, Bandolier, Evidence-Based Medicine Online e PubMed com os termos MeSH muscle cramp, magnesium e magnesium compounds, de artigos publicados desde 1 de janeiro de 2008 nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola. Os critérios de seleção de artigos utilizados estão descritos no Quadro I.

 

 

Para atribuir os níveis de evidência (NE) e forças de recomendação foi utilizada a Strength of Recommendation Taxonomy (SORT), da American Academy of Family Physicians.

Resultados

Dos 47 artigos encontrados foram excluídos 38 após leitura do título e resumo e quatro após leitura integral do artigo. Deste modo, foram selecionados cinco artigos (uma MA, três RS e um ECAC). O processo de seleção dos estudos incluídos encontra-se descrito na Figura 1.

 


(clique para ampliar ! click to enlarge)

 

A MA de Sebo e colaboradores, publicada em 2014 (Quadro II), teve como objetivo rever a eficácia do magnésio no tratamento de cãibras noturnas nas pernas e os efeitos secundários desta terapêutica comparativamente ao placebo. Incluiu seis ECAC (n=315) que compararam a terapêutica com magnésio oral ao placebo. Desses, três incluíram apenas mulheres grávidas. As amostras foram pequenas, sendo que a maior era de 80 participantes. Foram utilizadas diferentes formulações (citrato, lactato, bisglicenato) e doses de magnésio (200 a 366mg/dia de magnésio elementar) e a duração do tratamento variou entre cinco dias e seis semanas. Dado que as medidas de outcome variaram consideravelmente entre os estudos não foi possível realizar uma meta-análise padrão para agrupar os seus resultados, pelo que foram realizadas simulações. Os autores concluíram que, na população em geral, a terapêutica com magnésio não parece ser eficaz no tratamento de cãibras noturnas nas pernas, mas que pode haver um pequeno efeito nas grávidas.

 


(clique para ampliar ! click to enlarge)

 

A RS de Katzberg e colaboradores, publicada em 2010 (Quadro II), teve como objetivo rever a evidência da eficácia de diferentes tratamentos sintomáticos de cãibras musculares. Foram excluídas cãibras associadas ao exercício ou à gravidez. Dos 24 artigos incluídos apenas dois ECAC13-14 compararam a suplementação de magnésio ao placebo. A ocorrência de efeitos laterais minor foi pouco frequente e semelhante ao grupo controlo e não ocorreram efeitos laterais graves. Os autores concluíram que o magnésio provavelmente não é eficaz no tratamento de cãibras musculares.

A RS de Garrison e colaboradores, publicada em 2012 (Quadro II), teve como objetivo rever o efeito da suplementação de magnésio comparativamente a não tratamento, placebo e outros tratamentos em indivíduos com cãibras musculares. Incluiu seis ECAC que compararam a suplementação oral de magnésio versus placebo (cinco ECAC) e versus não tratamento (um ECAC). Três ensaios incluíram apenas cãibras associadas à gravidez (n=191) e três ensaios somente cãibras idiopáticas (n=128). Não foram encontrados estudos relativos a cãibras associadas ao exercício físico. Os ensaios usaram diferentes formulações (citrato, lactato e aspartato) e doses de magnésio (200 a 366mg/dia de magnésio elementar). As amostras foram pequenas (40 a 84 participantes) e a duração do tratamento variou entre duas e seis semanas. Os dados dos ensaios relativos a cãibras idiopáticas foram estudados através da realização de meta-análise. Contudo, o mesmo não foi possível no caso das cãibras associadas à gravidez dada a heterogeneidade dos respetivos ensaios. Os autores concluíram ser improvável que o magnésio forneça uma profilaxia clinicamente importante de cãibras idiopáticas em adultos mais velhos. Em relação às cãibras associadas à gravidez, a evidência foi controversa, dado que os únicos dois estudos relevantes foram discordantes.

A RS de Zhou e colaboradores, publicada também em 2015 (Quadro II), teve como objetivo rever a eficácia e segurança de diferentes intervenções no tratamento de cãibras nas pernas na gravidez. Quatro ECAC compararam a suplementação oral de magnésio durante duas a quatro semanas com placebo (três ECAC) e com não tratamento (um ECAC). Um dos ensaios não especificou a idade gestacional nos critérios de inclusão e nos restantes esta variou entre 14 a 36 semanas. As amostras variaram de 38 a 84 participantes e foram usadas diferentes doses e formulações de magnésio. Dada a inconsistência dos outcomes reportados não foi possível realizar uma meta-análise. A ocorrência de complicações na gravidez, ao nível do parto e neonatais foram pouco reportadas, pelo que não foi possível averiguar a segurança desta intervenção. Os autores concluíram que o magnésio não reduziu de forma consistente a frequência de cãibras nas pernas, tendo mostrado uma redução em dois ensaios15,19 e não mostrando diferença nos outros.

O ECAC duplamente cego de Roguin e colaboradores, publicado em 2017 (Quadro II), teve como objetivo determinar se o óxido de magnésio era superior ao placebo na profilaxia das cãibras noturnas nas pernas. Foram incluídos indivíduos com mais de 21 anos e com quatro ou mais episódios de cãibras noturnas detetadas na fase de rastreio (duas semanas). Os critérios de exclusão foram gravidez, tratamento atual com quinina, suplementação de magnésio, insuficiência renal e doenças neurológicas major. A amostra foi de 94 participantes, que foram aleatorizados para receber óxido magnésio (520mg de magnésio elementar) ou placebo. Os autores concluíram que o óxido de magnésio não foi superior ao placebo na redução da frequência (p=0,67) ou gravidade (p=0,38) das cãibras noturnas nas pernas, interpretando a redução verificada em ambos os grupos como provável efeito placebo.

Conclusão

Perante a evidência encontrada, a suplementação oral de magnésio na população geral parece não ser eficaz na prevenção de cãibras idiopáticas (SORT B), não havendo evidência que suporte a sua prescrição por rotina na prática clínica. Nas cãibras associadas à gravidez, a evidência da suplementação oral de magnésio não é clara (SORT B). No entanto, a robustez destas conclusões está comprometida pela relativa baixa qualidade e heterogeneidade das metodologias. Os critérios de inclusão não foram uniformes, incluindo populações com diferentes faixas etárias e diferentes características de cãibras (qualquer localização ou especificamente nas pernas; qualquer altura do dia ou apenas noturnas). A dimensão reduzida das amostras e a curta duração de tratamento foram limitações transversais a todos os estudos. Quanto ao tipo de intervenção, houve variabilidade entre os estudos na dose de magnésio elementar diária (200-520mg) e no tipo de formulação (citrato, lactato, aspartato, bisglicenato, óxido). Relativamente aos outcomes, embora a maioria dos estudos tenha considerado a diminuição da frequência de cãibras como outcome primário, a forma como essa diminuição foi medida variou (média ou mediana; número absoluto ou percentagem de redução; número de dias e/ou noites com cãibras ou número de cãibras), o que dificulta o agrupamento de dados e a extrapolação de conclusões.

Assim, são necessários ECAC de alta qualidade, com metodologias mais homogéneas, envolvendo um maior número de indivíduos, maior duração de tratamento e de follow-up, para se obter conclusões mais robustas sobre a eficácia e segurança da suplementação de magnésio nas cãibras musculares.

 

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Endereço para correspondência | Dirección para correspondencia | Correspondence

Cátia Palha

E-mail: catiapalha@gmail.com

 

Conflito de interesses

Os autores declaram não ter quaisquer conflitos de interesse.

 

Recebido em 23-11-2018

Aceite para publicação em 17-03-2019

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