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Medievalista

versão On-line ISSN 1646-740X

Medievalista  no.34 Lisboa dez. 2023  Epub 31-Dez-2023

https://doi.org/10.4000/medievalista.7061 

Varia

Para uma abordagem multi- e interdisciplinar à zooantropologia histórica: primeiras reflexões a partir do Projecto FALCO *

Towards a Multidisciplinary and Interdisciplinary approach to Historical Zooanthropology: Opening considerations from the FALCO Project

Tiago Viúla de Faria1 
http://orcid.org/0000-0001-6832-7024

1. Instituto de Estudos Medievais, Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas 1069-061 Lisboa, Portugal; tfaria@fcsh.unl.pt


O concurso para o financiamento público a projetos de investigação científica, promovido em 2021 pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior), resultou na recomendação para selecção, na categoria Projectos de Carácter Exploratório, da candidatura intitulada “Formulando o relacionamento entre humanos e outras espécies no Portugal medievo/Hypothesising Human-Animal Relations in Medieval Portugal”, de acrónimo FALCO. Tendo sido admitidos a concurso 23 projectos na categoria “História e Arqueologia”, o Projecto FALCO figurou entre os 6 projectos recomendados para financiamento neste segmento, face a um total de 305 projetos em todos os domínios científicos propostos a financiamento.

Com uma duração inicial prevista de 12 meses, prorrogados em Dezembro de 2022 para o total de um ano e meio, correspondendo a um período de execução entre Janeiro de 2022 e Junho de 2023, o Projecto FALCO visa combinar as metodologias e abordagens epistemológicas próprias da história, arqueologia, estudos literários, geografia, antropologia e artes visuais, por forma a enquadrar a reflexão sobre a relação entre indivíduo/comunidades medievais com o mundo animal. Para tal, foi constituída uma equipa de investigação de cariz marcadamente multidisciplinar, coordenada a partir do diálogo entre estudos literários e história (Tiago Viúla de Faria, investigador da NOVA-FCSH e Investigador Responsável/Principal Investigator), bem como história da arte (Rémy Cordonnier, da Bibliothèque d'Agglomération du Pays de Saint-Omer e Institut de Recherches Historiques du Septentrion, Lille). A partir da base científica proporcionada pelo Instituto de Estudos Medievais (NOVA-FCSH), foram arroladas duas parcerias institucionais.

A primeira, com o Município de Salvaterra de Magos, teve como objecto a sua valência Falcoaria Real, uma das poucas infraestruturas áulicas na Europa destinadas à prática falcoeira, e corolário da inserção de Portugal no conjunto de países associados à inscrição da falcoaria como “living human heritage” na lista de Património Mundial da UNESCO1. A segunda parceria potencia activamente o contributo da zooarqueologia no âmbito do Projecto, designadamente através do Laboratorio de Arqueociências (LARC), subordinado à Direção Geral do Património Cultural. Além da competência técnica especializada - sendo Carlos Pimenta o principal responsável, no seio da equipa de investigadores FALCO, pela componente zooarqueológica - o LARC disponibiliza uma osteoteca de referência internacional2. A principal premissa do Projecto FALCO é potenciar a reflexão inter- e multidisciplinar acerca da interrelação entre humanos e outras espécies no Portugal medieval. Um primeiro passo neste sentido foi dado através da concepção de uma plataforma digital de colaboração multidisciplinar - a plataforma NEMUS - cujo móbil é a aproximação das Ciências Sociais e Humanas e das Ciências ditas “duras” no que concerne aos estudos ambientais aplicados ao passado histórico3. A segunda premissa prende-se com o caso de estudo específico que consiste na interacção humana com a ave de rapina, no contexto medieval português.

Assim, a abordagem adoptada consigna o explorar da relação com um grupo animal específico, as aves de rapina, nomeadamente as famílias falconidae e accipitridae. Muitos dos espécimes aí representados estão bem presentes na cultura medieval portuguesa, sendo que esse relacionamento abrange desde a parceria cinegética até à representação intelectual, passando pelo interesse económico. O simbolismo das aves de rapina mostra-se enraizado na mente medieval, embora estes animais tenham também desempenhado um papel de considerável relevo em variadas actividades humanas: pense-se, por exemplo, na auto-representação das aristocracias, conferindo grandeza às trocas diplomáticas, sendo essas aves transaccionadas enquanto ofertas, ou mesmo exibidas perante dignitários estrangeiros como artigos de luxo. Parcialmente domesticadas, são indispensáveis à falcoaria, símbolo de uma elite. Bem assim, a riqueza destes laços alimentou a imaginação medieval, povoando obras literárias na tradição do fabulário ou da poesia de corte. Contudo, as percepções da ave de presa extravasam, em muito, o mundo aristocrático. A coexistência de comunidades locais com o entorno natural exerce influência sobre a acção legislativa, por vezes protegendo-se espécies e ecossistemas. As ligações mantidas com destas aves por indivíduos de todas as proveniências e estamentos plasmam-se no espaço público, desde logo inscritas nos capitéis de pedra que encontramos em muitas edificações religiosas. Tal conjunto de representações, espirituais bem assim como seculares, foi simultaneamente complexificado e descodificado de acordo com tradições e correntes intelectuais. Por fim, para além do registo material, também a cultura popular, transmitida de geração em geração, muitas vezes pela oralidade, nos traz à memória uma ligação ancestral - contudo, ainda presente - com essas aves.

No decurso do Projecto FALCO, o conjunto dos investigadores tem vindo a analisar boa parte dessas manifestações, sobretudo mediante a recuperação de fontes primárias já conhecidas, e empregando, relativamente às mesmas, abordagens consagradas por cada disciplina científica, com o fito de apreender o que essas fontes podem revelar acerca da relação homem-animal, e o tipo de questionário científico passível de ser colocado. A finalidade, determinar o potencial, bem como os limites, de determinados tipos de registos históricos, face às abordagens propostas. Através da exploração e do debate, após os 18 meses de vigência de Projecto, prevê-se fixar uma metodologia de base para a investigação multi- e interdisciplinar das relações zooantropológicas medievais, estabelecida transversalmente entre fontes, temáticas e disciplinas científicas. A viabilidade deste tipo de inquérito aconselhou a que os vários percursos de investigação adoptados fossem seguidos a partir de pequenos grupos de trabalho, sendo realizadas periodicamente reuniões plenárias, com o intuito de ajustar e maturar as temáticas de pesquisa, e respectivas metodologias, a empreender pelos investigadores. O restante desta nota de investigação ater-se-á ao segundo de entre os três encontros plenários previstos no Projecto FALCO. O simpósio em questão poderá ter-se como exemplificativo das linhas de inquérito passíveis de serem abordadas, bem como dos desafios e problemas encontrados, no âmbito de um projecto de raíz historiográfica, de matriz interdisciplinar, sedeado na temática ambiental.

Nos dias 8 e 9 de Julho de 2022 (correspondendo ao término do primeiro semestre de vigência de Projecto), a maioria da equipa de investigação reuniu em Lisboa, no Colégio Almada Negreiros, localizado no Campus de Campolide da NOVA, e em Salvaterra de Magos, nas instalações da Falcoaria Real. O programa articulou-se em torno de três intervenções de carácter teórico, de uma mesa redonda, de um conjunto de pequenas intervenções temáticas, e finalmente de diversas acções de interacção entre a equipa e elementos patrimoniais associados à falcoaria.

As intervenções teóricas consistiram na apresentação do “estado da questão” da historiografia das rapaces medievais, por parte de Baudouin van den Abeele, consultor do Projecto, em sessão intitulada “Medieval Falconry as a Field of Research: Intersecting perspectives during the Last Decennia”. Feita a retrospectiva sobre este campo de investigação histórica e referidas as mais relevantes obras, foram igualmente expostos, neste contexto, os principais temas de produção de conhecimento, destacando-se a linguística, a literatura (também de índole comparatista), a iconologia e a arqueologia. Foi também divulgada a base de dados FalconICON, colectânea de elementos iconográficos relacionados com a falcoaria medieval e moderna4. Recuperando o tema da recolha e tratamento de dados, o também consultor científico, José Manuel Fradejas, na comunicação “The Archivo Iberoamericano de Cetrería from Hobby to Research Project”, deu como exemplo o seu percurso académico a par da evolução das ferramentas digitais, abordando a forma como adaptou e salvaguardou a informação que mais tarde serviria para a construção do citado arquivo5. Por último, Carlos Pimenta proferiu “An Introduction to Bone Testing and the Laboratório de Arqueociências”, dando a conhecer o trabalho desenvolvido no LARC. Tomando como ponto de partida o modus operandi utilizado para a preparação das ossadas a fim de serem incorporadas na osteoteca, foi exposto o trabalho de catalogação que tem sido desenvolvido, com recurso à apresentação e manuseio dos esqueletos de dois espécimes de aves de rapina, o bufo real (Bubo bubo) e o açor (Accipiter gentilis).

As comunicações de duração mais reduzida (cerca de 15 minutos cada uma) foram elaboradas pelos investigadores presentes, em torno de eixos distintos, articulados sobretudo a partir da tipologia de fontes tratada. Assim, Afonso Soares de Sousa, Alice Tavares e André Silva debruçaram-se sobre as potencialidades do registo documental de índole legal e administrativa, Ana Paiva Morais e Ana Sirgado sobre a obra de ficção produzida em ambiente cortesão (sublinhando-se o caso da Crónica do Imperador Clarimundo), bem como a tradição popular, de raíz oral, do romanceiro. Ainda no contexto da produção escrita de corte, Filipe Alves Moreira abordou o conjunto da cronística tardo-medieval, enquanto género narrativo, enquanto Tiago Viúla de Faria destacou as referências à caça na obra de um dos autores cronísticos, Fernão Lopes. A vertente político-diplomática foi posta em evidência por Diana Martins, através de exemplos concretos do uso de aves predatórias na promoção de relações e missões diplomáticas. No âmbito da literatura moral, Rémy Cordonnier e, intervindo novamente no simpósio, Ana Paiva Morais e André Silva aduziram exemplos da diversidade e potencial para a investigação de evidências manuscritas em repositórios sitos em Brasília e Viena.

Traduzindo a riqueza - e o carácter muitas vezes transversal - do universo simbólico visual e das suas representações, foi promovida uma mesa redonda com vista ao debate, em concreto, das fontes visuais, para a qual foi convidada a consagrada investigadora Adelaide Miranda. A complexidade de que se reveste esta abordagem ficou patente, assim como a necessidade de aprofundar de forma consistente o inquérito às evidências visuais e iconográficas de Portugal medievo, no seu conjunto. Em igual medida, procurou-se explorar a expressão e impacto da relação humana com a ave de presa na actualidade, mediante a visita guiada, por Carla Pinto e Patrícia Leite, à Falcoaria Real e respectivo núcleo museológico, e a demonstração de práticas falcoeiras, por Rui Carvalho. Deve vincar-se a existência, nestas instalações, do acervo vinculado ao “Centro de Documentação [sobre Falcoaria] Joaquim da Silva Correia e Natália Correia Guedes”, graciosamente apresentado aos investigadores por Filipe Themudo Barata.

Como considerações finais a esta nota de investigação - fruto da interpretação dos dados obtidos no primeiro semestre do Projecto FALCO, bem assim das apresentações e discussão mantidas durante o simpósio de Julho de 2022 - são de referir algumas das principais perspectivas de trabalho imediatas, no que concerne às fontes a aprofundar, às potencialidades de inquérito científico e aos critérios metodológicos a seguir. Desde logo, há que destacar a pertinência de uma abordagem comparatista aos tratados medievais, nos quais se inscrevem, entre outros exemplos, os livros de falcoaria de Mestre Giraldo, Pêro Menino, ou Frei Bernardo Português, salientando-se também aqui o possível contributo da história da ciência e da história da língua, e mesmo as ligações à tratadística de origem árabe ou greco-latina6. Em segundo lugar, deve mencionar-se a existência, cruzamento e permanência de topoi literários assentes na representação alegórica das aves rapinantes (de que é exemplo o motivo literário do combate entre a garça e o falcão), os quais convocam um universo de referências mentais culturalmente arreigadas, que diluem a “fronteira” entre a medievalidade e o período moderno, e que, associadas ao carácter memorial do romanceiro enquanto género, estão ainda largamente por explorar. Em terceiro lugar, quer a documentação emanada a nível central, relativamente bem conhecida dos historiadores desde os últimos decénios do século passado7, quer aquela de natureza local e regional, partindo dos costumes e foros concelhios, e mesmo de fundos eclesiásticos, revela-se rica em potencialidades. Não restam dúvidas de que a pesquisa aturada das fontes documentais levará a um entendimento muito superior da própria realidade sócio-económica, como seja o ofício de falcoeiro em Portugal medieval.

Por outra, os exemplos trazidos ao simpósio desde o ponto de vista da história da arte, e o respectivo estado da questão, confirmaram como essencial o levantamento sistemático dos elementos naturalistas - designadamente, zoomórficos - no território português (no seu todo ou mesmo em parte), e posterior análise desde numa perspetiva alargada. Em paralelo com a documentação escrita e a produção artística, ficou igualmente confirmado o papel fulcral a desempenhar pela zooarqueologia no estudo da ave de presa medieval - pesem embora a escassez de evidências arqueológicas e as dificuldades colocadas à interpretação do seu contexto cultural preciso8. Ficou igualmente manifesta a enorme utilidade da observação crítica da actualidade, no que diz respeito aos conhecimentos técnicos, de saúde e de manutenção, bem como de adestramento das aves, por parte de profissionais da falcoaria, biólogos ou médicos veterinários. Só a partir de um diálogo abrangente com estes agentes é possível testar o pressuposto teórico e estabelecer correspondências entre o conhecimento histórico e a prática (pretérita e contemporânea) da falcoaria. Em último lugar, há que frisar a utilidade - incontestável - das humanidades digitais enquanto auxiliar de sistematização e interpretação do conhecimento histórico. O recurso ao potencial dessas ferramentas no âmbito do projeto permanecerá em viva discussão, assumindo-se também como crucial a divulgação de conteúdos digitais em linha. Feito o balanço da fase inicial deste conjunto de inquéritos exploratórios, pôde concluir-se que a intersecção entre diferentes disciplinas do saber - característica basilar do Projecto FALCO - se afirmou como uma opção metodológica viável e de evidente potencial científico.

Referências bibliográficas

ABEELE, Baudouin van den - “Themes and developments of Falconry depictions in [the] Medieval and Early Modern Iconography of Western Europe (12th-16th centuries) - first results gained from the FalconICON database”. In GRIMM, O., et al. (ed.) - Raptor on the Fist: Falconry, its Imagery and similar Motifs throughout the Milennia on a Global Scale. Kiel: Wachholtz, 2020, pp. 685-714. [ Links ]

CORREIA, Joaquim Manuel da Silva; GUEDES, Natália Brito Correia - O paço real de Salvaterra de Magos: A corte, a ópera, a falcoaria. Lisboa: Livros Horizonte, 2018. [ Links ]

MORENO-GARCÍA, Marta, et al. (ed.) - “A osteoteca: uma ferramenta de trabalho”. In Trabalhos de Arqueologia 29 (2003 -Paleoecologia humana e Arqueociências. Um programa multidisciplinar para a Arqueologia sob a tutela da Cultura), pp. 235-261. [ Links ]

MORENO-GARCÍA, Marta; PIMENTA, Carlos Manuel - “Ossos no lixo: o contributo arqueozoológico para o estudo da alimentação na Mértola islâmica”. In GÓMEZ MARTÍNEZ, Susana (ed.) - Memórias dos sabores mediterrânicos. Mértola: Campo Arqueológico de Mértola, 2012, pp. 159-181. [ Links ]

NEVES, Carlos M. L. Baeta (ed.) - História florestal, aquícola e cinegética: colectânea de documentos existentes no Arquivo Nacional da Torre do Tombo: Chancelarias reais, 6 vols. Lisboa: Ministério da Agricultura, Comércio e Pescas, 1980-1993. [ Links ]

SILVA, André F. O. - “Alveitares e alveitaria no Portugal medieval”. In Asclepio. Revista de Historia de la Medicina y de la Ciencia 74, 2022, pp. 1-12. [ Links ]

Notas

1 Este artigo enquadra-se no projecto de investigação FALCO, financiado por fundos nacionais pela Fundação para a Ciência e Tecnologia: FCT EXPL/HAR-HIS/1135/2021. É devido um agradecimento à equipa do Projecto FALCO, pelo riquíssimo conjunto de reflexões, e a Afonso Soares de Sousa pelo contributo prestado à elaboração desta nota de investigação. Veja-se, acerca do edifício e sua história, por exemplo CORREIA, Joaquim Manuel da Silva; GUEDES, Natália Brito Correia - O paço real de Salvaterra de Magos: A corte, a ópera, a falcoaria. Lisboa: Livros Horizonte, 2018. Acerca do contexto UNESCO (e respectivo processo, N.º 01708), é de consultar a documentação disponível em <https://ich.unesco.org/en/RL/falconry-a-living-human-heritage-01708> (conforme acesso obtido em 26 de Março de 2023).

2 MORENO-GARCÍA, Marta, et al. (ed.) - “A osteoteca: uma ferramenta de trabalho”. In Trabalhos de Arqueologia 29 (2003 -Paleoecologia humana e Arqueociências. Um programa multidisciplinar para a Arqueologia sob a tutela da Cultura), pp. 235-261.

3NEMUS - the Network for the Environment in Medieval Usages and Societies, https://nemus.fcsh.unl.pt/. A página digital do Projecto FALCO está associada a esta plataforma e pode ser consultada na hiperligação https://nemus.fcsh.unl.pt/falco/.

4 ABEELE, Baudouin van den - “Themes and developments of Falconry depictions in [the] Medieval and Early Modern Iconography of Western Europe (12th-16th centuries) - first results gained from the FalconICON database”. In GRIMM, O., et al. (ed.) - Raptor on the Fist: Falconry, its Imagery and similar Motifs throughout the Milennia on a Global Scale. Kiel: Wachholtz, 2020, pp. 685-714.

5Disponível em http://www.aic.uva.es/introduccion.html.

6Veja-se, a título exemplificativo, SILVA, André F. O. - “Alveitares e alveitaria no Portugal medieval”. In Asclepio. Revista de Historia de la Medicina y de la Ciencia 74 (2022), pp. 1-12.

7 NEVES, Carlos M. L. Baeta (ed.) - História florestal, aquícola e cinegética: colectânea de documentos existentes no Arquivo Nacional da Torre do Tombo: Chancelarias reais, 6 vols. Lisboa: Ministério da Agricultura, Comércio e Pescas, 1980-1993.

8Por exemplo, poderá a existência de vestígios de aves de rapina em contexto palatino indicar o seu uso na prática cetreira? (Veja-se, entre outros, MORENO-GARCÍA, Marta; PIMENTA, Carlos Manuel - “Ossos no lixo: o contributo arqueozoológico para o estudo da alimentação na Mértola islâmica”. In GÓMEZ MARTÍNEZ, Susana (ed.) - Memórias dos sabores mediterrânicos. Mértola: Campo Arqueológico de Mértola, 2012, pp. 159-181.)

Recebido: 05 de Abril de 2023; Aceito: 05 de Abril de 2023

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