É possível visualizar a inflamação?

Is it possible to image inflammation?

 

Pedro Amorim, Gonçalo Sousa, João Vieira, Lourenço C. Sousa, Karla Ribeiro, Gonçalo Sobrinho, Teresa Vieira, Nuno Meireles, Pereira Albino

Serviço de Cirurgia Vascular II Hospital Pulido Valente Centro Hospitalar Lisboa Norte

 

Há vários anos que a PET tem vindo a ser utilizada na prática clínica, nomeadamente na oncologia médica, como forma de monitorizar o crescimento tumoral local ou à distância no pré operatório e nos seguimentos a longo prazo. No entanto, o papel da PET nas outras áreas clínicas também é promissor.

Este caso clínico mostra o seu potencial na marcação e no mapeamento da inflamação vascular.

Trata-se de uma doente de 69 anos, com antecedentes pessoais relevantes de hipertensão arterial, neoplasia da mama operada e síndrome depressivo que recorreu à urgência de cirurgia vascular por claudicação incapacitante do membro superior esquerdo e isquemia crítica com dor em repouso do membro inferior esquerdo.

A angioTC e a arteriografia foram determinantes para definir o diagnóstico de arterite de células gigantes de envolvimento extra-craniano (apenas) e para planear futura intervenção de revascularização do membro inferior.

A PET-TC foi ao mesmo tempo inexorável para o diagnóstico e as imagens (Figuras), além de originais, certificam o envolvimento ubíquo da inflamação da aorta e grandes vasos (troncos supra-aórticos, ilíacas e femorais) e a preservação das carótidas acima das bifurcações, ramos viscerais da aorta e artérias infra-geniculares.

 

IMAGENS DA PET-TC