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Silva Lusitana

Print version ISSN 0870-6352

Silva Lus. vol.16 no.2 Lisboa Dec. 2008

 

∫1. Novarum Flora Lusitana Commentarii

In memoriam A.R. Pinto da Silva

(1912 – 1992).

 

Pinguicula lusitanica L., sua corologia em Portugal em adição à Flora iberica XIV

 

Vasco Silva 1, Carla Pinto-Cruz 2 , Mª Dalila Espírito‐Santo 3

 

Foi encontrada Pinguicula lusitanica L. nas margens húmidas de um charco temporário que se desenvolve em solos arenosos (pH=5,8).

 

BAIXO ALENTEJO: Odemira, Vila Nova de Milfontes, pr. Foros do Galeado, 29SNB2076, 11-IV-2006, C. Pinto-Cruz & V. Silva, UEVH 4177.

 

Aditamos a esta citação a sua observação em outro local (C. Pinto-Cruz, obs. pess.) – V.N. de Milfontes, depressão intradunar pr. da praia do Malhão, 29SNB1879. Gentilmente, S. Albuquerque (com. pess.) reviu o material português de P. lusitanica depositado no herbário de Kew onde também se encontra um espécime de V. N. de Mil Fontes (F. Welwitsch, V-1851, K).

 

A herborização deste táxone na zona meridional do Distrito Costeiro Vicentino, ainda que não constitua novidade provincial [cf. Castroviejo & al. (eds.), Fl. Iber. 14: 95, 2001; Coutinho, Fl. Portugal: 572, 1913; Franco, Nova Fl. Portugal 2: 284, 1984], contribui para um melhor conhecimento da sua área de distribuição em território termomediterrânico. A população reliquial de cerca de 40 indivíduos descoberta próximo da povoação de Foros do Galeado situa-se em pleno limite do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina estando sujeita a actividades que alteram o regime hídrico local.

 

Esta pequena erva insectívora ocupa topograficamente uma área mais elevada do que as comunidades da Litorelletea Br.-Bl. & Vlieger in Vlieger 1937 que dominam na zona de depressão onde o período de inundação e a quantidade de matéria orgânica são maiores. A transição para solos mais arejados e com um encharcamento superficial permite a ocorrência de P. lusitanica em conjunto com Isoetes histrix Bory e outros elementos característicos da Isoeto-Nanojuncetea Br.-Bl. & Tüxen ex Westhoff, Dijk & Passchier 1946; Rudner [in Phytocoenologia 35(2-3): 238, 2005] reconheceu esta comunidade no Distrito Monchiquense, filiando-a na sub-associação Solenopsio laurentio-Juncetum tingitani pinguiculetosum lusitanicae Deil 1997.

 

Por consulta de exemplares arquivados nos herbários COI, LISE, LISI e LISU acrescentam-se as seguintes citações provinciais portuguesas às apresentadas por G. Blanca [in Castroviejo & al. (eds.), op. cit.], estendendo-se assim a distribuição desta entidade a todo o território português.

 

RIBATEJO: Cartaxo, entre Cartaxo e Vale de Santarém, 29SND23, 26-III-1961, LISE 59039; Idem, entre Vila Chã de Ourique e Vale de Santarém, 29SND23, 27-V-1954, LISE 45971; Chamusca, Pinheiro Grande, Arrepiado, 29SND46, 15-V-1945, LISI 10945; Ourém, Vila Nova de Ourém, 29SND38, VIII-1883, J. Daveau, COI; Idem, LISU P 34756. BEIRA ALTA: Santa Comba Dão, Óvoa, 29TNE77, 15-VI-1954, J. Matos, A. Matos & A. Marques 4991, COI.

 

Agradecimentos

Aos responsáveis dos herbários COI, K, LISE, LISI, LISU.

 

1 Instituto Superior de Agronomia, vascosilva@isa.utl.pt

2 Universidade de Évora, ccruz@uevora.pt

3 Instituto Superior de Agronomia, dalilaesanto@isa.utl.pt