SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.23 número2Revisão: as bactérias do ácido láctico do vinho- Parte IInfluência da origem da madeira de carvalho no envelhecimento de vinhos tintos índice de autoresíndice de assuntosPesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Indicadores

Links relacionados

  • Não possue artigos similaresSimilares em SciELO

Compartilhar


Ciência e Técnica Vitivinícola

versão impressa ISSN 0254-0223

Ciência Téc. Vitiv. v.23 n.2 Dois Portos  2008

 

A sensory and chemical approach to the aroma of wooden aged Lourinhã wine brandy

 

Ilda Caldeira*1, R. Bruno de Sousa2, A. Pedro Belchior1 , M. Cristina Clímaco1

 

1 INRB, INIA-Dois Portos, ex-Estação Vitivinícola Nacional. Quinta da Almoinha, 2565-191 Dois Portos, Portugal

2 Departamento de Química Agrícola e Ambiental, Instituto Superior de Agronomia, Universidade Técnica de Lisboa (UTLisbon), Tapada da Ajuda, Portugal

*Corresponding author: Ilda Caldeira. Estação Vitivinícola Nacional, Quinta da Almoinha, 2565-191 Dois Portos, Portugal. Tel.:+351261712106, Fax:+351261712426, Email: evn.icaldeira@mail.net4b.pt

(Manuscrito recebido em 04.11.08 . Aceite para publicação em 12.12.08)

 

 

SUMMARY

The maturation of wine brandies in wooden barrels origin many sensory and physical-chemical changes in these alcoholic beverages. This work studies the odorants in different aged brandies from Lourinhã. These brandies were analysed by gas chromatography coupled to olfactometry (GC-O). A panel taster profiled these brandies and the identified odorants were also quantified by gas chromatography coupled to a flame ionization detector (GC-FID). The GC-O results showed 29 identified odorants (alcohols, esters, acids and phenols). Some of them are proceeding from the distillate while others are extracted from the wood. The analysis of correlation between the sensory profiles and the odorant quantification pointed out the relevance of several wood compounds for the brandy aroma, namely the vanillin, volatile phenols and furanic aldehydes. These compounds presented important correlations with several olfactory attributes like vanilla, smoke, toasted, dried fruits, woody, which influence positively the quality of the brandies.

Key words: odorants, wine brandies, maturation

 

 

RESUMO

Uma abordagem sensorial e química ao aroma de aguardentes vínicasenvelhecidas da Lourinhã

O envelhecimento das aguardentes vínicas em vasilhas de madeira provoca alterações profundas na composição físico-química e sensorial destas bebidas. Neste trabalho são estudados os odorantes em aguardentes vínicas da região da Lourinhã envelhecidas em diferentes condições. Para o efeito recorreu-se à avaliação dos compostos odorantes por cromatografia gasosa de alta resolução acoplada à olfactometria (GC-O), à quantificação de alguns dos compostos odorantes por cromatografia gasosa de alta resolução acoplada a um detector de ionização de chama (GC-FID) e à avaliação sensorial das aguardentes. Os resultados de GC-O permitiram identificar 29 odorantes diferentes (álcoois, ésteres, ácidos e fenóis), uns originários do destilado e outros provenientes da madeira. A pesquisa de correlações entre a análise sensorial e a análise química confirmou a importância odorante de vários compostos com origem na madeira, designadamente a vanilina, os fenóis voláteis e os aldeídos furânicos. Estes compostos apresentaram importantes correlações com descritores sensoriais como a baunilha, fumo, torrado, frutos secos, madeira, os quais tem uma correlação positiva com a qualidade da aguardente.

Palavras-chave: odorantes, aguardentes vínicas envelhecidas, envelhecimento

 

 

Full text only available in PDF format.

Texto completo disponível apenas em PDF.

 

 

REFERENCES

Artajona J., 1991. Caracterisation del roble según su origen y grado de tostado, mediante la utilizacion de GC y HPLC. Viticultura/Enologia Profesional, 14, 61-72.         [ Links ]

Belchior A.P, Caldeira I., Costa S., Lopes C., Tralhão G., Ferrão A.F.M., Mateus Ana M., 2001. Evolução das características físicoquímicas e organolépticas de aguardentes Lourinhã ao longo de cinco anos de envelhecimento em madeiras de carvalho e castanheiro. Ciência Tec. Vitiv., 16, 81-94.

Belchior A.P, Carvalho E.C., 1984. Métodos de Análise de Aguardentes. I. Análise clássica. 33 p. EVN, Dois Portos.

Belchior A.P. , Mateus A. ,Canas S., Caldeira I., 2004. Prova de consumidor versus prova técnica de aguardentes velhas. Ciência Tec. Vitiv. 19, 77-87.

Belchior A.P., Carvalho E.C., 1991. Étude comparative d´indicateurs pour le dosage de l´acidité totale des eaux-de-vie de vin. Feuillet Vert OIV, 907, 1-5.

Biau S., 1997. Critères analytiques et caractéristiques organoleptiques des eaux-de-vie d’Armagnac. J. Sci. Tech. Tonnellerie, 3, 73-85.

Boidron J.N., Chatonet P., Pons M., 1988. Influence du bois sur certaines substances odorantes des vins. Conn. Vigne Vin, 22, 275-294.

Bordeu E., Formas G., Agosin E., 2004. Proposal for a standardized set of sensory terms for Pisco, a young muscat wine distillate. Am. J. Enol. Vitic. 55, 104-107

Caldeira I. 2004.O aroma de aguardentes vínicas envelhecidas em madeira. Importância da tecnologia de tanoaria 238.p. Dissertação para obtenção do grau de doutor em Engenharia Agro-Industrial, Instituto Superior de Agronomia - Universidade Técnica de Lisboa, Lisboa.

Caldeira I., Belchior A.P.; Clímaco M.C., Bruno de Sousa R., 2002. Aroma profile of portuguese brandies aged in chestnut and oak woods. Anal. Chim. Acta, 458, 55-62.

Caldeira I., Canas S., Costa S., Carvalho E., Belchior A. P., 1999. Formação de uma câmara de prova organoléptica de aguardentes velhas e selecção de descritores sensoriais. Ciência Téc. Vitiv, 14, 21-30.

Caldeira I., Clímaco M.C., Bruno de Sousa R.; Belchior A.P., 2006a. Volatile composition of oak and chestnut woods used in brandy ageing: Modification induced by heat treatment. Journal of Food Engineering 76, 202-211

Caldeira I., Mateus A.M., Belchior A.P., 2006b. Flavour and odour profile modifications during the first five years of Lourinhã brandy maturation on different wooden barrels. Anal. Chim. Acta, 563, 264-273.

Caldeira I., Pereira R., Clímaco M.C., Belchior A.P., Bruno de Sousa R. 2004. An Improved Method For Extraction Of Aroma Compounds In Aged Brandies And Aqueous Alcoholic Wood Extracts Using Ultrasound . Anal. Chim. Acta, 513, 125-134.

Canas S., 2003. Estudo dos compostos extraíveis de madeira (Carvalho e Castanheiro) e dos processos de extracção na perspectiva do envelhecimento em Enologia. 303 p. Tese de Doutouramento em Engenharia Agro-Industrial, UTL-ISA, Lisboa.

Canas S., Leandro M.C., Spranger M.I., Belchior A.P.,1999. Low molecular weight organic compounds of chestnut wood (Castanea sativa L.) and corresponding aged brandies. J. Agric. Food Chem., 47, 5023-5030.

Carvalho A., 1998. Identificação anatómica e caracterização física e mecânica das madeiras utilizadas no fabrico de quartolas para produção de aguardentes velhas de qualidade-denominação Lourinhã. Ciência Tec. Vitiv., 13, 71-105.

Chatonnet P., 1995. Influence des procédés de tonnellerie et des conditions d´élevage sur la composition et la qualité des vins élévés en fût de chêne. 268 p. Thèse Doctorat. UFR Institut d´Oenologie, Université de Bordeaux II, Bordéus.

Clímaco M.C., Borralho A., 1996. Influence des technologies d´élevage dans les transformations des composants de l´arôme des vins rouges. In: Oenologie 95-5e Symposium international d´œnologie. 415-418. Lonvaud-Funel A. (ed.), TEC & DOC-Lavoisier, Paris.

Conner J.M., Piggott J.R., Paterson A., Withers S., 1996. Interaction between wood and distillate components in matured scotch whisky. In: Flavour science. 819-824. Taylor A.J., Mottram D.S. (eds.), The Royal Society of Chemistry, Cambridge.

Díaz Maroto M. C., Guchu E.,Castro-Vázquez L., Torres C., Pérez-Coello M.S., 2008. Aroma-active compounds of American, French,Hungarian and Russian oak woods, studied by GC-MS and GC-O Flavour Fragr. J., 23, 93-98

Dubois P., 1989. Apport du fût de chêne neuf à l’arôme des vins. R. F. Oenol., 120, 19-24.

Etiévant P., 1991. Wine. In: Volatile compounds in food and beverages. 483-545. Maarse H. (ed.), Marcell Dekker Inc., New York.

Fengel D., Wegener G., 1989. Wood. Chemistry, Ultrastructure, Reactions. 612 p. Walter de Gruyter & Cº., Berlin.

Ferrari G., Lablanquie O., Cantagrel R., Ledauphin J., Payot T., Fournier N., Guichard E., 2004. Determination of key odorant compound in freshly distilled Cognac using GC-O, GC-MS and sensory evaluation. J. Agric. Food Chem., 52, 5670-5676.

Genovese A., Gambuti A., Piombino P., Moio L., 2007. Sensory properties and aroma compounds of sweet Fiano Wine Food Chem 103, 1228-1236.

Grosch, W., 2001. Evaluation of the key odorants of foods by dilution experiments, aroma models and omission. Chem. Senses, 26, 533-545

Guichard E., Fournier N., Masson G., Puech J.-L. 1995. Stereoisomers of β-methyl-γ-octalactone. I-Quantification in brandies as a function of wood origin and treatment of the barrels. Am. J. Enol. Vitic., 46, 419-423.

Guymon J.F., Crowell E.A., 1970. Brandy aging. Some comparisons of American and French oak cooperage. Wines & Vines, 1, 23-25.

Jánacová A., Sádecká J., Kohajdová Z., Spanik I., 2008. The identification of aroma-active compounds in Slovak brandies using GC-sniffing, GC-MS and sensory evaluation. Chomatographia 67, 113-121.

Lablanquie O., Cantagrel R., Ferrari G., 2002. Characterisation of young Cognac spirit aromatic quality. Anal. Chim. Acta, 458, 191-196.

Laing D.G., Panhuber H., 1979. Application of anatomical and psychophysical methods to studies of odour interactions. In: Progress in Flavour Research. 27-45. Land D.G., Nursten H.E. (eds.), Applied Science Publishers Ltd., London.

Léauté R., 1990. Distillation in Alambic. Am. J. Vitic. Enol. 41, 90-103.

Léauté R., Mosedale J.R., Mourgues J., Puech J.-L., 1998. Barrique et vieillissement des eaux-de-vie. In: Oenologie fondements scientifiques et technologiques. 1085-1142. Flanzy C. (ed.), Collection Sci.& Tech. Agr.a, New York.

Leclaire E., Cantagrel R., Maignial L., Snakkers G., Ferrari G., 1999. Essai de caractérisation aromatique d´eaux-de-vie nouvelles de Cognac. J. Intern. Sci. Vigne Vin, 33, 133-141.

Ledauphin J., Basset B., Cohen S., Payot T., Barillier D., 2006. Identification of trace volatiles in freshly distilled Calvados and Cognac : carbonyl and sulphur compounds. J. Fd Comp. Anal. 19, 28-40.

Lee K.-Y.M., Paterson A., Piggott J.R., 2000. Perception of whisky flavour reference compounds by scotch distillers. J. Inst. Brew., 106, 203-208.

Lehtonen M., 1982. Phenols in whisky. Chromatographia, 16, 201-203.

Linssen J.P.H., Janssens J.L.G.M., Roozen J.P., Posthumus M.A., 1993. Combined gas chromatography and sniffing port analysis of volatile compounds of mineral water packed in polyethylene laminated packages. Food Chemistry, 46, 367-371.

Maga J.A., 1985. Flavor contribution of wood in alcoholic beverages. In: Progress in flavour research 1984. 409-416. Adda J. (ed.), Elsevier, Amsterdam.

Marché M., Joseph E., Goizet A., Audebert J., 1975. Étude théorique sur le Cognac, sa composition et son vieillissement naturel en fûts de chêne. R. F. Oenol., 57, 1-17.

Nykänen L., Nykänen I., 1991. Distilled beverages. In: Volatile compounds in food and beverages. 547-580. Maarse H. (ed.), Marcell Dekker Inc., New York.

Nykänen L., Suomalainen H., 1983. Evaluation of flavour In: Aroma of beer, wine and distilled alcoholic beverages. 1-3. Nykanen L., Suomalainen H. (eds.), D. Reidel Pulbishing Company, Dordrecht, Holland.

OIV, 1994. Recueil des méthodes internationales d´analyse des boissons spiritueuses, des alcools et de la fraction aromatiques des boissons. 85-90, 224-239. OIV, Paris.

Onishi M., Crowell E.A, Guymon J.F., 1978. Comparative composition of brandies from Thompson Seedless and three white-wine grape varieties. Am. J. Enol. Vitic., 29, 54-59.

Onishi M., Guymon J.F., Crowell E.A., 1977. Changes in some volatile constituents of brandy during aging. Am. J. Enol. Vitic., 28, 152-158.

Otsuka K., Imai S., Sanbe M., 1966. Studies on the mechanism of aging of distilled liquors. Agr. Biol. Chem., 30,1191-1195.

Penã y Lillo M., Latrille E., Casaubon G., Agosin E., Bordeu E., Martin N., 2005. Comparison between odour and aroma profiles of Chilean Pisco spirit. Food Qual. Pref., 16, 59-70.

Philips R.J., 1989. Qualitative and quantitative analysis. In: High resolution gas chromatography (3rd edition). 1-11. Hyver K.J., Sandra P. (eds), Hewlett-Packard, Co

Piggott J.R., Conner J.M., Clyne J., Paterson A., 1992. The influence of non-volatile constituents on the extraction of ethyl esters from brandies. J. Sci. Food Agric., 59, 477-482.

Piggott J.R., Jardine S.P., 1979. Descriptive sensory analysis of whisky flavour. J. Inst. Brew., 85, 82-85.

Pollien P., Ott A., Montignon F., Baumgartner M., Munoz-Box R., Chaintreau A., 1997. Hyphenated headspace-gas chromatography-sniffing techniques: Screening of impact odorants and quantitative aromagram comparisons. J. Agric. Food Chem., 45, 2630-2637.

Puech J.-L., Leauté R., Clot G., Nomdedeu L., Mondiés H., 1984. Évolution de divers constituants volatils et phénoliques des eauxde-vie de cognac au cours de leur vieillissement. Sci. Aliments, 4, 65-80.

Puech J.-L., Lepoutre J.P., Baumes R., Bayonove C., Moutounet M., 1992. Influence du thermotraitement des barriques sur l´évolution de quelques composants issus du bois de chêne dans les eaux-de-vie. In: Elaboration et connaissance des spiritueux. 583-588. Cantagrel R. (ed.), TEC & DOC-Lavoisier e BNIC, Cognac.

Puech J.-L., Maga J., 1993. Influence du brûlage du fût sur la composition des substances volatiles et non volatiles d´une eaude-vie. Revue des Œnologues, 12, 13-16.

Quaresma H.C., 2000. Evolução da composição fenólica de uma aguardente Lourinhã ao longo dos primeiros quatro anos de envelhecimento. Estágio de fim de curso, do Curso de Bacharelato em Tecnologia do Vinho, do Instituto Politécnico de Santarém.

Rabier Ph., Moutounet M., 1991. Évolution d‘extractibles de bois de chêne dans une eau-de-vie de vin. Incidence du thermotraitement des barriques. In: Les eaux de vie traditionelles d‘origine viticole. 220-230. Bertrand A.(ed.), TEC & DOC-Lavoisier, Paris.

Rijke D., Heide R., 1983. Flavour compounds in rum, cognac and whisky. In: Flavour of distilled beverages. 192-201. Piggott J.R. (ed.), Ellis Horwood Limited, West Sussex, England.

Smedt P., Liddle P.A., 1978. Identification of 1,1´-diethoxypropan2-one in spirits aged in wood. Am. J. Enol. Vitic., 29, 286-288.

ter Heide R., De Valois P.J., Visser J., Jaegers P.P., Timmer R., 1978. Concentration and identification of trace constituents in alcoholic beverages. In: Analysis of foods and beverages. Headspace techniques. 249-281. Academic Press Inc., New York.

van Ruth S., 2001. Methods for gas chromatography-olfactometry: a review. Biomol. Engineer, 17, 121-128.

Vanderlinde R., Bertrand A., Segur M.C., 1992. Dosage des aldéhydes dans les eaux-de-vie. In: Élaboration et connaissance des spiritueux. 506-511. Cantagrel R. (ed.), TEC & DOC-Lavoisier, Cognac.

Vásquez-Araújo L., Enguix L., Verdú A., García-García E., Carbonell-Borrachina A.A., 2008. Investigation of aromatic compounds in toasted almonds used for the manufcature of turrón. Eur Food Res. Technol. 227, 243-254.

Vidal J.P., Estreguil S., Snakkers G., Cantagrel R., 1996. Optimisation de l´analyse des composés soufrés volatils des vins et des eaux de vie par la technique de l´espace de tête. In: Oenologie 95 - 5´Symposium International d´Oenologie. 587-592. Lonvaud-Funel A. (ed.), TEC & DOC-Lavoisier, Paris.

Viriot C., Scalbert A., Lapierre C., Moutounet M., 1993. Ellagitannins and lignins in aging of spirits in oak barrels. J. Agric. Food Chem., 41, 1872-1879.

Zea L., Moyano L., Moreno J.A., Medina M., 2007. Aroma series as fingerprints for biological ageing in fino sherry-type wines. J. Sci. Fd. Agric., 87, 2319-2326